PSP garante que desenvolveu diligências necessárias no caso do estudante cabo-verdiano

A PSP garantiu que desenvolveu as diligências necessárias “desde o primeiro momento” no caso da investigação à morte de um estudante cabo-verdiano em Bragança, nomeadamente através das imagens de videovigilância e recolha de testemunhas.

Pela primeira vez, a Polícia de Segurança Pública (PSP) emitiu esta sexta-feira um comunicado sobre o caso do estudante cabo-verdiano que morreu no dia 31 de dezembro no Hospital de Santo António, no Porto, depois de ter sido alegadamente agredido por vários homens à saída de uma discoteca, em 21 de dezembro, em Bragança.

A PSP, desde o primeiro momento, desenvolveu as diligências necessárias para a investigação dos factos e respetivas circunstâncias, designadamente salvaguardando as imagens dos sistemas de videovigilância e promovendo a recolha de testemunhos”, precisou a polícia em comunicado.

Na nota acrescenta-se que, após a morte do estudante cabo-verdiano, a PSP informou “de imediato” a Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real, que é a força com competências legais de investigação.

A PSP conta que, em 21 de dezembro, cerca das 03:15, recebeu a informação de que, no exterior do bar situado na Avenida Sá Carneiro, em Bragança, estaria a ocorrer uma desordem, tendo sido acionados os meios policiais, que chegaram ao local às 03:21 e que não verificaram “qualquer desordem no exterior do bar”.

No local, apenas se encontravam dois cidadãos, um dos quais informou os polícias que teria sido agredido por um grupo de jovens, que já não se encontravam no local, não desejando qualquer tratamento hospitalar, nem procedimento criminal”, refere o comunicado.

Os polícias, após terem recolhido as características dos alegados envolvidos nas agressões, realizaram de imediato “diligências pela cidade no sentido de localizar os suspeitos ou possíveis testemunhas, sem resultado”, frisou a nota.

A PSP adianta que, cerca das 3:45, um outro meio policial, que se encontrava em serviço de patrulha na cidade, deparou-se com um jovem caído no chão “inanimado e com forte odor a álcool proveniente do vomitado no seu vestuário”.

Face este cenário, pelas 03:48, foi imediatamente acionada pelos polícias a assistência médica – INEM, tendo o jovem sido transportado pela ambulância dos bombeiros às urgências da unidade hospitalar de Bragança a qual, cerca das 06:00, contactou a PSP e informou que o jovem que tinha sido encontrado pela PSP e que ali havia dado entrada, teria sido vítima de agressão”, revelou a direção nacional da PSP.

A polícia indicou também que a identidade do jovem foi fornecida por amigos, que informaram as autoridades que, pelas 02:30, no interior de um outro bar, quando se preparavam para sair, a vítima terá tido um desentendimento com um outro grupo de jovens, mas que teria ficado sanado.

De acordo com a PSP, estes jovens informaram também que, aquando da saída do bar, “ocorreram agressões com um grupo de 15 a 20 jovens, motivo pelo qual fugiram, desconhecendo para onde se teria deslocado o cidadão hospitalizado”.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

Giovani Rodrigues, de 21 anos, era caloiro do curso de Design de Jogos Digitais na Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (ESCAT) de Mirandela e a sua morte tem gerado manifestações de pesar entre a comunidade escolar e da sociedade.

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