Com a colaboração da Polícia de Segurança Pública de Bragança, a Polícia Judiciária (PJ) procedeu à identificação e detenção de um rapaz de 21 anos pela presumível autoria do crime de homicídio tentado.
De acordo com o Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, responsável pela investigação, já que se trata de uma alegada tentativa de homicídio, “o arguido, por motivo fútil, munido de uma navalha, golpeou, violentamente, o corpo da vítima, um homem de 24 anos de idade”, que acabaria por ser transportado para as Urgências do Hospital de Bragança, após ter sido esfaqueado no abdómen.
O palco de terror foi a Avenida Sá Carneiro, no exterior de um estabelecimento de diversão noturna, tendo os factos ocorridos na madrugada de terça-feira, dia 10 de maio, pelas 2h20, e envolvido várias pessoas.
A gravação do sistema de videovigilância do café a que a Kapital do NordestE (KNE) teve acesso é bastante clara e não deixa qualquer margem para dúvidas, no que à agressão diz respeito, estando as mesmas já na posse da PJ.
Presente a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Bragança, o arguido, já com antecedentes criminais por agressões, viu-lhe ser aplicada a medida de coação mais gravosa, a prisão preventiva, hoje, ao final da tarde.
A KNE entrevistou, esta manhã, o proprietário do café situado na Avenida Sá Carneiro que foi vítima da agressão violenta e que, para já, prefere manter o anonimato. "Estava a fechar o café, entretanto, chegou um indivíduo que me pediu um fino, eu disse-lhe que não, que já estava a fechar o café, pediu-me para entrar que queria falar com o primo, eu pedi-lhe para ele aguardar na rua que o primo já sairia como sairia toda a gente. Ele compreendeu, nem barafustou, nem nada, ficou na rua. Entretanto, na rua tentou armar confusão com toda a gente, inclusive, passou um rapaz no passeio com duas raparigas que vinham de outro café, ele começou a agredir a pessoa, agarraram-no logo e ele desafiou toda a gente", começou por contar a vítima que, entretanto, decidiu ligar à polícia numa tentativa de acalmar os ânimos. "Limitei-me a ficar à porta do café para ele não entrar, nem armar confusão. Nunca se virou para mim a dizer nada. Não o fez. Simplesmente, desafiava toda a gente da rua. Entretanto, ele começa a correr na minha direção, chega ao passeio e abranda um bocadinho, tira a faca do bolso, abre-a e dá-me uma facada. Há uma segunda tentativa, só que não conseguiu. É quando eu me apercebo do que aconteceu, quando sinto uma dor e começo a ver sangue", revela o agredido, que só espera que se faça justiça.
Após quatro horas no hospital, os médicos ter-lhe-ão dito que "tinha um anjinho", contudo, "se não fosse o meu reflexo de me desviar, provavelmente, neste momento, não estaria aqui a falar", acredita.