Macedo de Cavaleiros acolhe, entre junho e setembro, em vários espaços do concelho, nomeadamente igrejas, mais de 100 obras de artistas nacionais e internacionais integradas na 1ª edição da Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes.
As obras de pintura, escultura, cerâmica, fotografia e instalação estarão expostas no Centro Cultural, no Museu de Arte Sacra, na nova sede do Geopark Terras de Cavaleiros (na Estação de Macedo de Cavaleiros) e nas sedes e igrejas das juntas de freguesia, anunciou uma das diretoras artísticas da bienal Inês Falcão, em conferência de imprensa, no Porto.
“O objetivo é criar um roteiro artístico e cultural dentro da cidade e nas aldeias, impulsionando a circulação de artistas e visitantes”, considerou.
Esta iniciativa, que acontecerá entre 29 de junho e 29 de setembro, contará com 50 a 60 artistas portugueses e estrangeiros, nomeadamente oriundos dos Estados Unidos da América, Holanda, Bélgica, Japão e Espanha, referiu Inês Falcão.
Paralelamente às exposições, a coordenadora artística explicou que o programa da bienal terá ainda 'workshops', ateliês para crianças e famílias, conferências e projetos artísticos e culturais.
Dizendo que o propósito desta bienal é estimular e divulgar a criação artística, o também diretor artístico Filipe Rodrigues explicou que o tema da mostra é “Linha de Água”, justificando a escolha com o facto de a região de Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança, ser “muito fértil” e ter um património natural “fortíssimo”.
Também o presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, adiantou que a água “marca e identifica todo o território”, elogiando assim a escolha da temática.
Classificando a bienal como uma “iniciativa ousada e ambiciosa”, o autarca tenciona que a mesma seja uma “referência” não só nacional, mas internacional.
A realização de eventos como estes são também uma forma de atrair novos públicos e visitantes pela arte, considerou.
Benjamim Rodrigues apontou ainda o intuito de formar e criar novas sensibilidades, despertar curiosidades para futuros artistas e novas interações com o público.
“Esta iniciativa é um verdadeiro passaporte para uma efetiva promoção da arte contemporânea portuguesa num tempo de múltiplos desafios”, assumiu o presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal, Luís Pedro Martins.
A valorização da difusão da pluralidade artística tem uma “relevância estratégica” e um “papel importantíssimo” para o Turismo do Porto e Norte, sublinhou.
Além disso, Luís Pedro Martins recordou que o Norte tem o “estatuto de berço de grandes artistas”, cujas obras dignificaram o país além fronteiras.