Na madrugada de terça-feira, dia 16 de novembro, o Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Mirandela deteve dois homens de 27 e 50 anos e uma mulher de 28 anos, na sequência do desmantelamento de uma alegada rede de tráfico de droga no concelho de Vila Flor.
“No seguimento de uma investigação que decorria há cerca de um ano e meio, pelo crime de tráfico de estupefacientes, os militares da Guarda conseguiram identificar uma rede organizada que se dedicava ao tráfico de canábis e haxixe, tendo como base a vila de Vila Flor e algumas freguesias” limítrofes, indica o Comando Territorial de Bragança, referindo, ainda, que “os suspeitos atuavam de forma dissimulada”, adquirindo o “produto” na região do Grande Porto e transportando-o, depois, para Vila Flor, “onde era doseado, embalado e vendido a vários consumidores dos concelhos de Vila Flor, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães, Alfandega da Fé e Mirandela”.
A GNR deu, então, cumprimento a três mandados de detenção, a quatro mandados de busca domiciliária, a quatro mandados de busca em veículos e a um mandado de busca em armazém, que culminaram na detenção dos três suspeitos e na apreensão de 187 doses de haxixe, 36 doses de canábis, 3.161 gramas de sumidades de canábis, 1.626 euros, quatro balanças de precisão, dois moinhos para preparação de canábis, um revólver de calibre .32, uma pistola de ar comprimido de calibre 4,5, uma arma branca, 38 cartuchos de calibre 12, 33 munições de calibre .32, dois cartuchos “bala”, 13 telemóveis, quatro tablets, registos escritos de transações de droga e vários objetos destinados à preparação e embalamento de produto estupefaciente.
De salientar que foram, ainda, constituídos arguidos mais dois homens, de 50 e 34 anos, por suspeitas de apoio a esta rede criminosa.
Os três detidos que, de acordo com a GNR, têm antecedentes criminais relacionados com o tráfico de droga e crimes contra o património, foram presentes no dia seguinte, a 17 de novembro, a primeiro interrogatório no Tribunal Judicial de Vila Flor, tendo o juiz de instrução criminal decidido aplicar a medida de coação mais gravosa para dois deles. Assim, ao homem de 27 anos e à mulher de 28 foi-lhes decretada a prisão preventiva, sendo que o terceiro indivíduo, um homem de 50 anos, permanecerá em liberdade, enquanto aguarda julgamento. Contudo, é-lhe exigido pelo tribunal que se apresente diariamente no posto policial mais próximo da sua área de residência.
Importa dizer, também, que a operação policial contou com o reforço dos Postos Territoriais de Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Torre de Dona Chama, do Núcleo de Proteção Ambiental (NPA) de Mirandela, da Secção de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC) de Mirandela, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Bragança, Miranda do Douro, Torre de Moncorvo e Vila Real, da Secção Cinotécnica de Bragança e do Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP) da Unidade de Intervenção (UI).