Num curto espaço de tempo, desde o dia 3 ao dia 13 de junho, tiveram lugar em Torre de Moncorvo quatro casos que envolveram os militares da Guarda Nacional Republicana (GNR). Duas ocorrências tiveram a ver com desentendimentos, ameaças e agressões, enquanto os outros dois casos resultaram do crime de violência doméstica. Mas comecemos, então, pelo mais recente.
O Comando Territorial de Bragança, através do Posto Territorial de Torre de Moncorvo, deteve um homem, de 65 anos, por violência doméstica ontem, dia 13 de junho, naquela localidade. No âmbito de um inquérito pelo mesmo crime, a GNR determinou que o suspeito agredia e exercia coação física contra a sua cônjuge, uma mulher de 65 anos. Os militares deram cumprimento a dois mandados de busca e apreensão, à residência e ao veículo do indivíduo, que culminaram na apreensão de uma pistola, calibre 6.35mm, com o respetivo carregador, uma espingarda carabina calibre 22, uma arma de ar comprimido calibre 4.5mm, 50 munições de vários calibres, 47 cartuchos calibre 12, uma caixa de chumbos calibre 4,5mm e sete armadilhas de caça.
O detido, após ter sido, ontem, presente ao Tribunal Judicial de Torre de Moncorvo, ficou sujeito à obrigação de não comparecer na residência onde habita a vítima, bem como proibido de contactar por qualquer meio com a vítima, proibido, ainda, de se aproximar a menos de 300 metros da vítima, sendo a distância controlada por uma pulseira eletrónica, e proibido, logicamente, de adquirir ou utilizar quaisquer armas ou munições. O indivíduo foi, também, obrigado a entregar as que possui no prazo máximo de 10 dias.
Esta operação contou com o apoio do Núcleo de Investigação Criminal e da Esquadra de Cavalaria do Destacamento Territorial de Torre de Moncorvo e, infelizmente, não foi a única. Já no início do mês de junho, a Kapital do NordestE (KNE) havia noticiado outro caso, também em Moncorvo, de violência doméstica, em que ao indivíduo de 49 anos lhe foi apreendida uma arma de fogo como medida cautelar, pois, alegadamente, agrediria a vítima de 65 anos.
Relativamente aos dois casos de agressões, a primeira ocorrência teve lugar a 12 de junho, também, em Moncorvo. O Posto Territorial da GNR daquela localidade deteve um homem de 72 anos pelo crime de posse ilegal de armas. No âmbito de uma investigação que durava há um mês, pela prática de um crime de ameaça com recurso a arma de fogo, num desentendimento entre vizinhos, foi dado cumprimento a dois mandados de busca e apreensão em quatro residências e dois veículos, que culminou na apreensão de três revólveres, um carregador de pistola, 551 munições de vários calibres, 24 petardos, 1,5 quilos de chumbos para carregamento de cartuchos, três punhais e uma faca.
O suspeito foi detido, constituído arguido e será ainda hoje, 14 de junho, presente ao Tribunal Judicial de Torre de Moncorvo para aplicação das respetivas medidas de coação.
De salientar que esta ação contou do Núcleo de Investigação Criminal, Núcleo de Proteção Ambiental e da Esquadra de Cavalaria.
Por último, outro caso que a KNE também noticiou aconteceu a 3 de junho, no âmbito de um processo por ameaças com recurso a arma de fogo que envolveu dois homens, de 39 e 77 anos. Os militares deram, então, cumprimento a um mandado de busca domiciliária que culminou na apreensão de uma arma de fogo e 14 munições.
