Confrontos na noite de Bragança obrigam PSP ao recurso a gás e a arma de fogo

Cerca de 40 jovens estudantes africanos envolveram-se em confrontos na madrugada de domingo passado, dia 31 de maio. Ao que a Kapital do Nordeste (KNE) conseguiu apurar, inicialmente, eram mais de 100 pessoas, vindas de uma festa privada. No entanto, quando as agressões começaram, devido, alegadamente, a um desentendimento por causa de uma rapariga que é namorada de um dos envolvidos, eram perto de 40, repartidas por dois grupos.

Entre as 2h30 e as 3h30, já com o álcool a falar mais alto, aquilo que começou por ser um episódio de violência, na rua Eng. Adelino Amaro da Costa, depressa se transformou em algo mais com a chegada de 15 elementos da PSP em quatro viaturas.

Aquando da sua chegada, a polícia verificou a que a não obediência deu lugar à investida dos jovens contra os agentes. Facto que conduziu a PSP a uma intervenção mais musculada, vendo-se obrigada a usar gás e a disparar um tiro de shotgun para o ar em sinal de aviso, na tentativa de dispersar uma multidão que, na altura, estava "descontrolada". 

A desorganização do grupo era total, muito álcool, e nós sempre numa perspetiva de que percebessem que tinham de ir para casa e o recurso à força ser muito comedido”, começa por contar à Kapital o comandante da PSP de Bragança. Questionado sobre o porquê do uso do gás e do recurso a arma de fogo, José Carlos Neto explica que “num primeiro momento, há o gás e a voz de dispersar, mas os jovens não tiveram qualquer pejo em confrontar a PSP e investiram sobre a polícia”.

De acordo com o responsável, “eles estavam completamente desequilibrados e não estavam a recear contacto, pelo contrário, estavam, inclusive, a promovê-lo, e o disparo foi a forma mais simples e, na altura, muito eficaz”. Tanto que, após o tiro, os envolvidos nos confrontos “desapareceram em segundos”, relata o comandante da PSP.

Uma testemunha no local, que não quis ser identificada, e que estava na esplanada de um bar com um grupo de amigos narrou à KNE a sua versão dos acontecimentos.

Eram cerca de 40 indivíduos de raça negra e foi um bocado assustador porque eram muitos. Mas podiam ser mais porque a rua tem a parte de cima e depois da discussão, quando partiram para a agressão, corriam de um lado para o outro. Daí alguém ter chamado a polícia e bem para acalmar os ânimos”, refere o entrevistado, que sublinha o facto de Bragança ser uma "cidade calma" e “não ser habitual vermos este tipo de situação".

Quanto à atuação da polícia, a testemunha diz ter sido “bastante eficaz”, pois mal chegaram conseguiram “controlar a situação”. Já quanto ao comportamento dos jovens africanos, a testemunha ocular diz o seguinte: “eu tenho-os como um bocadinho orgulhosos, talvez devido aos casos que têm acontecido nos Estados Unidos, eles podiam ter acatado as ordens e ir embora, mas não, quiseram fazer um bocadinho de força e a polícia investiu de uma forma correta”, elogia.

De salientar que não se registaram quaisquer feridos entre a polícia, nem tão pouco detenções, tendo a PSP demorado cerca de 10 minutos a controlar a situação e mantido “uma forte visibilidade” ao longo da madrugada. Contudo, esta foi “uma noite atípica”, carateriza José Carlos Neto, isto porque houve “mais duas ocorrências em que tudo apontava para violência doméstica, mas que nada tinha a ver com estudantes, que implicaram uma grande mobilidade policial”.

 

1 Comentários

Na pacata cidade onde moro há 30 anos tem se visto um crescimento de impunidade da comunidade do ipb, eles fazem o que querem e são os novos donos disto tudo. É festa todo dia, futebol nas ruas, festas e mais festas privadas, os vizinhos chamam a PSP que numa atitude bem educada demais nada faz. E claro estes episodios todos juntos tem tendencia a crescer cada vez mais. Tem k haver informação do IPB, E CAMARA, PSP, logo que eles cheguem a cidade, e educa los no sentido de RESPEITAR A CIDADE E QUEM CÁ MORA. Eles não temem ninguem. Eu tenho umas vizinhas k ate gostam e gozam com a chegada da Psp aquando lhe tocam a campainha por causa do barulho. Se nada for feito , isto vai piorar e muitoooo, acreditem. Só não vê isto quem nao mora cá. Informação intensiva, e mais musculação por parte da PSP senao chegam, já chegaram a um ponto k nem as autoridades respeitam. Enfim, sr que mandam , policiam a cidade imponham mais respeito senão chegam a UM PONTO SEM RETORNO.

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