A Polícia Judiciária (PJ) esclareceu hoje que os cinco detidos pelo envolvimento na morte do estudante cabo-verdiano, em Bragança, estão indiciados por um crime de homicídio qualificado e três tentativas de homicídio.
“Os cinco detidos estão indiciados por homicídio qualificado. Daquilo que é possível dizer, porque a investigação é dinâmica, na base dos factos estão motivos fúteis, motivos de uma desavença que ocorreu no interior do espaço lúdico e que teve, depois, desenvolvimento no seu exterior”, afirmou o diretor nacional da PJ, Luís Neves.
A direção nacional da PJ realizou hoje, em Vila Real, uma conferência de imprensa "inédita" para dar esclarecimentos sobre o caso da morte do jovem cabo-verdiano Giovani Rodrigues, uma questão que extravasou a investigação criminal e provocou alarme social.
A Judiciária anunciou hoje a detenção de cinco suspeitos, com idades entre os 22 e os 35 anos, alguns deles desempregados e todos eles residentes em Bragança.
A operação foi desencadeada entre quinta-feira e esta noite e decorreu em “total sigilo”.
“Contrariamente ao que foi veiculado em termos de redes sociais, não se trata de um crime entre nacionais de um país ou de outro, entre raças. Não se trata nada disso. Trata-se de um crime cometido por gente violenta, num determinado contexto”, esclareceu Luís Neves.
O estudante cabo-verdiano Giovani Rodrigues foi encontrado sozinho caído na rua e acabou por morrer 10 dias depois, num hospital do Porto.
Com a morte, na madrugada de 31 de dezembro, o caso passou para a alçada da Polícia Judiciária que realizou “buscas domiciliárias, inquirições e interrogatórios de várias pessoas, suspeitas de estarem envolvidas nos acontecimentos que determinaram a morte daquele jovem”.
A PJ indica ainda que “a investigação tem vindo a ser conduzida em estreita articulação com o Ministério Publico de Bragança, titular do Inquérito”.