Com o intuito de colmatar as dificuldades existentes ao nível de transportes públicos no concelho, a autarquia vinhaense decidiu implementar, novamente, uma rede de transportes flexíveis. Esta rede permitirá, segundo o município, que as “pessoas de todas as aldeias que não têm transporte público possam, pelo menos, uma vez por semana deslocar-se à sede do concelho, tendo para isso que fazer uma marcação”.
De referir que estes transportes serão sempre realizados pelos taxistas existentes no concelho e, para que não haja quaisquer falhas, a câmara criou, este ano, novos circuitos, no total de 26, que irão fazer com que todas as localidades sejam servidas por esta valência que tanta falta faz às pessoas do interior norte de Portugal, sobretudo, tratando-se de uma população envelhecida e sem meios para se fazer transportar entre localidades.
“Mais uma vez, aquilo que era um dever da administração central, é assegurado pela autarquia, para que todas as pessoas deste concelho tenham os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, advoga o município que acredita que “com este serviço é possível não só ajudar as pessoas do concelho a tratar de assuntos na sede do concelho, por exemplo e com mais frequência ao nível da saúde, pois de outra forma teriam muitas dificuldades de o fazer, mas ao mesmo tempo está a autarquia a ajudar os taxistas do concelho, que se não fosse estes transportes e os transportes escolares, teriam muitas dificuldades para continuar neste ramo de atividade”.
Com esta medida, considerada “vital” para o concelho, a autarquia irá investir um montante a rondar os 70 mil euros, “sem qualquer tipo de comparticipação”, sublinha.
“Tendo em conta a área extensa deste concelho, o número de aldeias e a carência de transportes públicos, esta é a única forma para quem precisa de transporte o possa ter”, defende o executivo liderado por Luís Fernandes, que considera que “estas são as verdadeiras obras que são fundamentais para as pessoas de um território como é o nosso”.