O município de Vila Flor está a investir 1,5 milhões de euros na criação de um parque natural e ambiental para estudar as alterações climáticas e experimentar soluções, disse hoje à Lusa o presidente da câmara, Pedro Lima.
O autarca quer fazer do projeto “uma das marcas” deste concelho do distrito de Bragança, em parceria com várias entidades, nomeadamente o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
Pedro Lima considera que Vila Flor tem “as condições naturais” e o local escolhido para desenvolver o conceito é a quinta da Fonte do Olmo, contígua ao complexo turístico do Peneireiro, conhecido pelo parque de campismo e um míni zoo, que fará parte do projeto.
O município pretende fazer “a apresentação formal” do projeto, com todos os parceiros, no primeiro trimestre deste ano e o presidente gostaria de “abrir ao público”, também ainda este ano, o parque de campismo “com caravanismo organizado, zonas de tendas e “glamping” e casas na árvore".
“Um conceito mais ambientalista enquadrado na natureza” é assim que o autarca descreve esta ara do projeto que contempla a criação de um centro interpretativo das alterações climáticas dedicado ao ensino e investigação.
O presidente da Câmara de Vila Flor destaca nesta vertente o papel do Instituto Politécnico de Bragança para a inovação e a possibilidade de os estudantes da instituição poderem desenvolver ali mestrados.
Dentro do parque serão adotadas ou experimentadas soluções para mitigar as alterações climáticas, como por exemplo todas as deslocações serem feitas a pé ou com mobilidade elétrica, segundo disse.
O propósito de chamar para o projeto a academia é também “tentar que as novas gerações comecem a interiorizar o significado do impacto” das alterações climáticas e das medidas para as mitigar.
Nesse sentido haverá espaço para os mais novos, nomeadamente do agrupamento de escolas de Vila Flor, que vão ter um equipamento no parque onde será lecionada alguma componente letiva.
O projeto prevê ainda a reconversão do míni zoo numa “pequena reserva de animais, num conceito mais natural para que haja interação com os visitantes e para que esses animais vivam de forma mais livre”, segundo o autarca.