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Um pão por um euro em Bragança a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Com o intuito de ajudar a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) e, simultaneamente, promover o consumo do pão, uma padaria e uma moagem de Bragança decidiram vender cada unidade por um euro.

No total, será confecionado um milhar de pães, cuja receita, mil euros, no caso de serem todos vendidos, reverterá a favor da LPCC.

Da união de esforços, entre a Padaria Pão de Gimonde e a Moagem Loreto, resultará, assim, esta “peculiar ação de promoção”, que vai já na sua terceira edição, a ter lugar no centro histórico da capital de distrito e que serve para assinalar o Dia Mundial do Pão.

Contudo, apesar desta celebração acontecer a 16 de outubro, o facto de, este ano, coincidir com uma segunda-feira, fez com que os promotores da iniciativa decidissem mudar o evento para o sábado que antecede a efeméride.

Assim, quem quiser contribuir com um pequeno donativo, deverá passar na Praça da Sé, no dia 14 de outubro, contribuindo para esta “causa tão nobre”, descreve a organização, “com apenas um euro e recebendo um pão, que poderá ser de diferentes tipos de cereais”.

Decidimos trabalhar em conjunto, a Moagem Loreto fornece graciosamente a farinha e a Padaria Pão de Gimonde trata da preparação, confeção e embalamento dos pães. Vamos fazer a massa, que ficará 24 horas em repouso para ser cozida na madrugada de sábado”, divulga a responsável pela empresa Pão de Gimonde, Elisabete Ferreira, para quem a “comunidade local tem acolhido muito bem esta simbólica venda de pão, esgotando sempre os mil pães disponíveis”.

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Não obstante a vertente solidária, os promotores aproveitam para congregar a vertente promocional, que se baseia, principalmente, na informação, esclarecem, “tentando combater alguns tabus associados ao consumo do pão, nomeadamente no que se refere ao aumento de peso”. Elisabete Ferreira garante que “não é bem assim”, já que o “pão fabricado nas padarias tradicionais faz parte da dieta mediterrânea e deve ser consumido para uma dieta equilibrada”.

Nas palavras da entrevistada, “é importante referir que trabalhamos com massa mãe e praticamos nos nossos processos produtivos tempos de fermentação longos, sem adição de aditivos, e com baixo teor de sal, aqui entra uma maior digestibilidade, um menos índice glicémico, logo sacia mais”.

A responsável adianta, ainda, que serão feitos “diferentes tipos de pão, para as pessoas perceberem que há muito mais variedade do que as pessoas possam pensar”, sublinhando que “o pão que vai ser distribuído como pão que é, é saudável e apresenta-se com maior teor de fibra do que aquele que, normalmente, encontramos no mercado".

A própria Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), recomenda que o consumo anual de pão, para adultos, seja de cerca de 100 quilogramas e de 75 para as crianças.

Um facto que a empresária lamenta, já que os números reais estão longe do recomendado. “Infelizmente, os valores são de cerca de 25 a 30 quilogramas por ano, o que nos preocupa a todos os que trabalham na fileira no cereal”, evidencia Elisabete Ferreira, em jeito de conclusão.

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