Com entrada e campismo gratuitos, arranca já amanhã, sexta-feira, 21 de julho, a quinta edição do Festival D’ONOR. Como o próprio nome indica, será a aldeia transfronteiriça de Rio de Onor, dividida, somente, pela geografia e unida por tudo o resto, a servir de palco a um evento que a organização, a cargo da Associação Montes de Festa, descreve como “extraordinário” e que “promete encantar os corações de todos”.
Num festival onde se celebra a vida e que demonstra a simbiose perfeita entre portugueses e espanhóis, onde a expressão “nuestros hermanos” ganha um novo sentido, haverá dança, teatro, jogos e “renovadas” tradições com muita música à mistura.
Entre os destaques, o principal recai em “Virgem Suta” que tomará de assalto Rio de Onor, pelas 23h30 de sábado. Apesar de dispensar apresentações, este grupo cabeça de cartaz está habituado a grandes públicos, sendo reconhecido por “não descartar a tradição e transpirar portugalidade”. Nessa mesma noite, antes, inclusivamente, os Trasga serão os responsáveis por inaugurar as hostes musicais, logo pelas 21h30. Descritos como um grupo de raiz folk, comprometem-se a apresentar “um repertório exclusivamente preparado com originais em língua mirandesa”.
Após os "Virgem Suta", seguir-se-ão os sempre irreverentes “Zíngarus” que como já é habitual, certamente farão as delícias de todos os festivaleiros, já que se trata de uma banda com uma alegria contagiante e infindável energia, cuja essência e sonoridade se baseiam na fusão entre o rock e a música popular/tradicional portuguesa.
E todos estes artistas só no sábado à noite. Sendo que será possível ao longo de todo o fim de semana presenciar, escutar, dançar e emergir nas sonoridades que compõem a cultura musical da ibéria. Assim, além dos habituais concertos e djs, não esquecendo o grupo espanhol Manaita que entra em cena sábado ao pô-do-sol, o Festival D’ONOR promete trazer uma “nova vida” a um cancioneiro com 70 anos, através das Cantigas D’ONOR, para além de um "open call" para instrumentistas e amadores de todas as origens musicais com o "Baile do Gaiteiro – Jam Session”. Uma iniciativa, descreve a organização, que convida todos "a participar numa sessão improvisada e descontraída, na qual tanto músicos profissionais como amadores poderão, com qualquer instrumento, juntar-se à festa e tocar de forma espontânea, descomprometida e sem ensaio prévio”, sublinhando que esta será uma experiência baseada na “improvisação e a criatividade” que “evoca a memória dos antigos bailes que se realizavam no Largo da Portelica, em Rio de Onor, ao som da gaita-de-foles, nas quentes noites de verão de outrora”.
Num cenário mais que deslumbrante que servirá de pano de fundo ao Festival D`ONOR e por entre a música que promete ser uma constante, sobretudo, à noite, que servirá como sempre serviu de banda sonora a duas comunidades, Rio de Onor de Bragança, Portugal, e Riohonor de Zamora, Espanha, fundidas numa só pelo espaço e tempo, haverá a “Ronda Cultural e das Adegas”, “Jogos de Taberna” e “Danças Tradicionais, as indispensáveis “Tasquinhas”, o tão necessário “Restaurante” e o típico “Mercado Tradicional”. Os três últimos espaços, servirão, essencialmente, para degustar a gastronomia local e dar a conhecer o artesanato e os famosos produtos identitários da região.
E se amanhã, a festa começa a partir das 21 horas, o último dia do festival, domingo, será dedicado às famílias com “Teatro ao Ar Livre“ e "Música no Rio – Sons para Sentir a Aldeia”. Nos entretantos, haverá atividades para todos os gostos, desde uma oficina de Jogos Tradicionais sábado à tarde, até às Danças Tradicionais e do Mundo com um workshop sexta-feira, numa noite estreada pelo “Baile do Gaiteiro - Jam Session & Open Call”.
A finalizar, domingo, a solidariedade ganha voz e motivos para sorrir com a atuação de um grupo constituído por elementos da Associação Montes de Festa, os “Gaiteiros D’ONOR”, que convidam, para uma atuação conjunta, o grupo “Vira Bombos”, composto por utentes da Associação dos Pais e Amigos do Diminuído Intelectual - APADI. A entidade organizador descreve este concerto como "breve", mas acredita que será "inesquecível", resultando o mesmo de uma “residência artística” de ambos os grupos transmontanos nas instalações da Instituição Particular de Solidariedade Social.
E se, por acaso, precisar de mais motivos para se deslocar a Rio de Onor este fim de semana, saiba que estas gentes da fronteira são, sobejamente, conhecidas pela sua gastronomia, hospitalidade e simpatia, sendo certos bons momentos e estando, portanto, garantido, à semelhança de edições anteriores, o divertimento.
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