Durante três dias, de 5 a 7 de outubro, Torre de Moncorvo foi palco de diversas atividades culturais que serviram para comemorar o Cinquentenário do 25 de Abril.
Logo no primeiro dia, quinta-feira, pelas 21 horas, teve lugar no cineteatro da vila um concerto celebrativo, intitulado “Música com Liberdade”, promovido pela Escola Municipal Sabor Artes.
No dia seguinte, a 6 de outubro, teve lugar a apresentação cénica da crónica “Liberdade” do livro “Guiné – Crónicas de Guerras e Amor” de Paulo Salgado, seguindo-se um debate sobre a guerra colonial e o 25 de Abril com jovens estudantes e intervenções de José Miranda, Mário Tomé e João Maria Goudiaby, moderado pelo diretor do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, Luís Rei.
Durante a tarde, decorreu a sessão solene de abertura das jornadas, encabeçada pelo autarca local, Nuno Gonçalves, e na qual participaram o presidente da Associação 25 de abril, Coronel Vasco Lourenço e a Comissão Executiva da Comemoração, representada por Paulo Cordeiro Salgado.
Após um breve momento de poesia, realizaram-se diversos painéis, subordinados à temática que deu o mote às comemorações. Assim, no primeiro, falou-se sobre “A Guerra Colonial e o 25 de Abril”, com moderação de José Carlos Lopes Martins e as intervenções de Vasco Lourenço, que partilhou a sua visão geral do passado que, indelevelmente, marcou Portugal, de Aniceto Afonso que falou nas “Heranças da Guerra Colonial” e de Mário Tomé que trouxe à mesa “O Papel dos Militares (Quadro e Milicianos) no 25 de abril”.
No painel 2, sob a moderação de Álvaro Teixeira Leonardo, debateu-se a “Sociedade Civil, a Guerra Colonial e o 25 de Abril”, tendo sido abordados assuntos como “A Sociedade Civil e o 25 de Abril”, da responsabilidade de Maria da Conceição Santos Salgado, “A Saúde e o 25 de Abril” de Álvaro beleza, “A Comunicação Estratégica de Salazar na Guerra Colonial” de José Esteves Rei, “A Comunicação Social e o 25 de abril” de Adelino Gomes.
No terceiro painel, moderado por José Brás, “A Guerra Colonial vista por Ex-combatentes” foi o tópico em questão, contando, para o efeito, com as intervenções de José Moura Marques, António J. Pereira, João Alberto Dinis e João Maria Goudiaby.
No quarto e último painel do dia, moderado por Paula Valente, discutiu-se o papel das mulheres na Guerra Colonial, contando, para o enriquecimento da temática, as preciosas contribuições de Alice Goudiaby e Maria do Céu Silva.
A 7 de outubro, logo ao início da manhã, recomeçou a partilha de conhecimento com destaque para o debate e a troca de ideias. Assim, as jornadas de sábado arrancaram com o painel 5, subordinado ao tema, o “25 de Abril visto pelos Jovens”, moderado por Rui Leonardo e que contou com as intervenções de Luís Pereira, Manuel Diogo e Sónia M. Bastardo.
O comemorar do Cinquentenário do 25 de Abril seguiu com um debate com escritores sobre a Guerra colonial, onde interveio Mário Beja Santos e Paulo Cordeiro Salgado, sob a moderação de António Lopes.
Logo depois, teve lugar o “Momento Rogério Rodrigues” com contribuições de Arlete Rodrigues, Paulo Cordeiro Salgado, Henrique Monteiro, Adelino Gomes e a moderação de Maria da conceição dos Santos Salgado.
No final da manhã, o painel 6 serviu para analisar o “Presente e futuro do 25 abril” que, sob a moderação de José Carlos Lopes Martin, contou com as intervenções da figura incontornável que é Alípio Tomé Pinto, que procedeu ao seu “Epílogo da Guerra Colonial”, e de Vasco Lourenço que falou n`“O 25 de Abril o Presente e o Futuro”.
No período da tarde, encerraram-se as comemorações do Cinquentenário do 25 de Abril com uma visita ao centro histórico de capital do ferro, Torre de Moncorvo.
