A empresa concessionária da carreira aérea Bragança/Portimão, a Sevenair, informou que foi encontrada uma solução com o Governo, que permitiu que os voos não tivessem sido interrompidos este sábado como tinha anunciado.
Em comunicado, a 21 de fevereiro, a administração da Sevenair esclarece os clientes que “na sequência de conversações com o Governo ao longo desta semana, foi possível encontrar uma solução, ainda que provisória, para que a normalidade da linha Bragança - Viseu - Cascais - Portimão não seja interrompida”.
A operadora “regista o empenho” do ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, “na resolução deste impasse e na manifestação inequívoca da importância desta linha para a população”.
A Sevenair tinha informado a 12 de fevereiro que a linha aérea regional ficaria “temporariamente encerrada” e que a sua reativação estava condicionada à contratação do serviço público que ainda não foi formalizada até à data deste comunicado.
A empresa está a assegurar a ligação há mais de um ano com aditamentos ao contrato de concessão, que terminou em dezembro de 2018.
O presidente da empresa, Pedro Leal, disse à rádio Brigantia na sexta-feira que a operadora não recebe há um ano e dois meses, desde que começaram as prorrogações dos prazos, e que o valor global em dívida ascende a mais de 2,6 milhões de euros.
O presidente disse, ainda, que a empresa não estava disponível para novos aditamentos ao contrato até receber do Estado os valores em dívida.
Ao final do dia, na passada sexta-feira, a Sevenair comunicou aos clientes que foi encontrada uma solução e que, afinal, os voos não vão ser suspenso a partir de sábado.
O concurso público para o novo contrato de concessão foi lançado há mais de um ano, mas aguarda ainda visto do Tribunal de Contas.
O concurso foi ganho pela mesma empresa e quando for oficializado garantirá o serviço por quatro anos com uma compensação financeira de 10, 4 milhões de euros.
Bragança tem voos regulares com Lisboa desde 1997. A ligação foi interrompida entre 2012 e 2015, por decisão do Governo de então e retomada em 2015 com um contrato de concessão de três anos e o alargamento dos voos até ao Algarve.
No final de 2018, a continuidade do serviço foi posta em causa por o contrato estar a terminar e ainda não ter sido lançado novo concurso. Em dezembro desse ano, o Governo anunciou a abertura do concurso e por um prazo mais longo, de quatro anos.
Desde então, que os voos têm sido realizados com prorrogações dos prazos como a de 90 dias que terminaria a 22 de fevereiro, sem que o contrato definitivo estivesse oficializado.
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