Sevenair mantém exploração da ligação aérea Trás-os-Montes/Algarve por novo período de quatro anos

A operadora aérea Sevenair SA – anteriormente denominada Aerovip – mantém a exploração da ligação aérea entre Trás-os-Montes e o Algarve por um novo período de quatro anos, anuncia esta segunda-feira o Ministério das Infraestruturas e Habitação.

O contrato, assinado na quinta-feira, resulta de um concurso público com publicidade internacional lançado em dezembro de 2018, “após terem sido fixadas as obrigações de serviço público para essa rota, garantindo os padrões adequados de continuidade, regularidade, qualidade, quantidade e preço”, refere o Ministério em comunicado.

Enquanto o contrato está em processo de fiscalização prévia do Tribunal de Contas, a operadora aérea continua a explorar esta rota ao abrigo de um ajuste direto celebrado para o período “estritamente necessário” à obtenção de visto, salienta a tutela.

O valor das indemnizações compensatórias ascende aos 10,4 milhões de euros para um período de quatro anos, sublinha.

Segundo a nota, com esta ligação entre o Norte e Sul e o Interior e o Litoral é possível chegar de Bragança a Portimão em 2h35 com uma tarifa `discount´ de 47 euros ou, por exemplo, ir de Viseu a Cascais em 40 minutos por 35 euros.

Esta ligação visa mitigar a interioridade e combater as assimetrias regionais, conferindo os mesmos direitos e oportunidades existentes no litoral aos habitantes de Bragança, Vila Real ou Viseu”, adianta.

O Ministério das Infraestruturas e Habitação ressalva que nos últimos anos as ligações rodoviárias, nesta zona do país, melhoraram bastante, nomeadamente com a construção do Túnel do Marão.

“No entanto, o Norte e o Interior do país carecem de ligações rápidas ao Litoral, pretendendo-se com esta ligação aérea dar uma efetiva resposta às necessidades de transporte dessas populações”, sublinha.

A carreira aérea liga Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão, e o modelo vigora há três anos, depois da suspensão dos voos, em 2012, com o Governo de então a tentar que os privados tomassem conta da ligação sem subvenção estatal.

Desde de meados de julho que esta ligação aérea não faz paragem em Vila Real devido ao encerramento “por tempo indeterminado” do aeródromo municipal à operação de aviões.

A 16 de julho, o presidente da Câmara de Vila Real esclareceu que foi detetado um “perigo de abatimento na pista” do aeródromo municipal, que determinou o encerramento “por tempo indeterminado” e implica um investimento “muito avultado”.

“Há a possibilidade de um abatimento na zona central da pista (...) Há uma linha de água que passa por baixo da pista, essa linha de água tem erodido os sedimentos que estão debaixo da pista, há um perigo de abatimento e, havendo esse perigo, não nos resta mais nada do que encerrar a pista por tempo indeterminado”, explicou Rui Santos, em conferência de imprensa.

 

FOTOGRAFIA: BMF

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