O município de Vimioso determinou que é “expressamente proibido” utilizar água da rede pública para rega de hortas, jardins e parques públicos ou privados, bem como para a lavagem de automóveis, passeios e espaços públicos ou privados.
“Estamos a ter sérias dificuldades de quantidade de água para o abastecimento público o que nos leva a tomar algumas medidas tais como as que constam do aviso [datado do dia 22 e que proíbe o uso de água da rede], no sentido de podermos garantir, sem ser a 100%, ter por um período razoável água para consumo doméstico", disse à Lusa o presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo.
A violação das normas é sancionável com coimas que podem ir dos 1.500 euros aos 3.740 euros, no caso de pessoas singulares, e dos 7.500 a 44.890, para pessoas coletivas, de acordo com o aviso, já afixado nas juntas de freguesia, distribuído por via postal à população e publicado nas redes sociais do município.
Segundo o aviso, a Câmara de Vimioso, no distrito de Bragança, promoverá “uma fiscalização rigorosa aos infratores das normas em vigor” e “será intransigente na aplicação das sanções previstas”.
Estas medidas, já em vigor, são tomadas “a nível excecional, e vão vigorar apenas pelo período em que perdure a situação de seca extrema que assola o concelho”.
“A escassez de água é um problema nacional e que também afeta a população de Vimioso de forma significativa, e temos de tomar todas as medidas, porque o importante é garantir água para consumo doméstico”, vincou o autarca social-democrata.
O autarca disse ainda que estão a ser feitos todos os esforços para manter o abastecimento de água, nomeadamente o transporte de águas em camiões-cisterna para abastecer Vimioso.
“Estamos a equacionar recorrer aos concelhos vizinhos de Mogadouro e Miranda do Douro, no sentido de garantir água para consumo doméstico aos habitantes do concelho onde houver mais carência”, frisou Jorge Fidalgo.
Desta forma, o consumo de água no concelho de Vimioso, e devido à seca, fica apenas disponível para o consumo doméstico.
O presidente da Câmara apela “à compreensão e colaboração de todos” no sentido de pouparem água, “de forma a garantir o uso doméstico”.