É já nos dias 20, 21 e 22 de outubro que a Festa da Castanha regressa ao Parque Municipal de Exposições de Vinhais.
Com Bárbara Tinoco sexta-feira, Diogo Piçarra no sábado e o programa "Somos Portugal" no domingo, para além do já habitual “maior assador de castanhas do mundo”, as jornadas técnicas do castanheiro, os concursos e as jornadas da apicultura, entre outros, motivos não irão faltar para quem quiser visitar a Capital do Fumeiro.
Na apresentação do evento, a 28 de setembro, foi o próprio presidente a garantir que, nesta edição, não iria faltar castanha em quantidade, nem em qualidade.
“Aquilo que nos transmitem os produtores é que, de facto, este ano, a produção será maior do que a do ano anterior, até porque o ano passado foi muito mau. Esperemos que seja muito melhor porque como eu dizia, sendo um ano bom de castanhas, é um bom ano para o concelho e um bom ano para toda a gente da região”, começa por afirmar o autarca vinhaense. E esclarece: “sendo a castanha o produto mais importante, em termos económicos, para o concelho, havendo muita castanha, entra mais dinheiro, as famílias ficam com mais recursos a nível financeiro, o que lhes permite efetuar outros investimentos e essa é a beleza da economia circular que ajuda, não só o concelho, mas toda a região”.
Já sobre a qualidade do fruto rei do outono no Nordeste Transmontano, Luís Fernandes é perentório em afirmar que “a qualidade é boa”, contudo, “é verdade que passamos por alterações climáticas, neste momento, está muito calor e isso poderá ter alguma influência negativa, mas esperamos que não, já que os indicadores que temos neste momento são muito mais positivos do que o ano anterior a todos os níveis, quer na qualidade quer na quantidade”.
Com cerca de 75 expositores, a Feira da Castanha, considerada a maior do distrito, conta, nesta edição, com um investimento a rondar os 140 mil euros, sendo que todas as camas disponíveis em Vinhais estão já reservadas para o fim de semana da Festa da Castanha.
Sobre as especificidades do fruto que deu origem à Rural Castanea, falámos com Paulo Afonso, que integra, há já seis anos, as fileiras da Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana, mais conhecida como Arborea, e que marcou presença na apresentação do certame.
“Para já, a castanha está a ter uma boa colheita, os soutos estão bastante verdes, o que faz prever que, tendencialmente, será uma boa produção. Agora o que pode prejudicar um bocado é se este clima, de calor, que se tem feito sentir nos últimos dias se mantiver tão seco até ao final da temporada”, avisa o técnico, garantindo, no entanto e neste preciso momento, que a castanha, em termos de qualidade e calibre, se encontra “bastante boa”.
