O presidente do PSD e candidato à liderança parlamentar do partido, Rui Rio, propôs a semana passada na sua lista para a direção da bancada seis vice-presidentes, dois dos quais já exerciam estas funções com Fernando Negrão, Adão Silva e Carlos Peixoto.
De acordo com a lista a que a Lusa teve acesso, Rui Rio será, como o próprio já tinha anunciado, candidato a presidente do grupo parlamentar e propõe como primeiro "vice" o deputado Adão Silva (Bragança), seguindo-se Carlos Peixoto (Guarda), Luís Leite Ramos (Vila Real), Clara Marques Mendes (Braga), Ricardo Baptista Leite (Lisboa) e Afonso Oliveira (Porto).
Como secretários da direção do grupo parlamentar, a lista de Rio integra Isaura Morais, que foi cabeça de lista por Santarém, Catarina Rocha Ferreira (Porto) e o secretário-geral adjunto Hugo Carneiro (também deputado pelo Porto).
As eleições para a direção do grupo parlamentar do PSD realizam-se hoje, 6 de novembro, entre as 15 e as 18 horas, tendo o prazo para a apresentação de candidaturas terminado esta segunda-feira.
O anterior líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, teve uma direção com sete vice-presidentes (o que representou um corte de quase para metade do número de ‘vices’ do seu antecessor, Hugo Soares, que eram 12): Adão Silva, que já era o primeiro vice-presidente, António Leitão Amaro, Margarida Mano, Emídio Guerreiro, Carlos Peixoto, Rubina Berardo e António Costa Silva.
Destes, apenas três se mantêm como deputados na atual legislatura: Adão Silva, Carlos Peixoto e Emídio Guerreiro, transitando os dois primeiros para a direção da bancada de Rui Rio.
Luís Leite Ramos já foi vice-presidente do grupo parlamentar sob a liderança de Hugo Soares, enquanto Clara Marques Mendes exerceu funções como secretária da direção da bancada com Negrão e Hugo Soares.
O próximo líder parlamentar do PSD irá substituir no cargo Fernando Negrão, eleito em 22 de fevereiro de 2018, com menos de 40% de votos favoráveis.
Até agora, apenas se assumiu como candidato à liderança parlamentar o presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, que quer dirigir a bancada apenas até ao próximo Congresso.
Rui Rio justificou querer ser líder parlamentar a título provisório por não querer que aconteça a um futuro presidente do PSD o que lhe aconteceu a si, quando há dois anos teve de afastar Hugo Soares do cargo quando assumiu a direção do partido.
A direção é eleita pelo método maioritário e as listas são subscritas por um mínimo de 5% dos deputados e apresentadas dois dias antes da eleição.
Dois dias depois da eleição do grupo parlamentar, o PSD reunirá em Bragança o seu Conselho Nacional - órgão máximo do partido entre Congressos - que irá fixar a data concreta das eleições diretas para o presidente do partido, previstas para janeiro, e do próximo Congresso, que deverá realizar-se em fevereiro.
Além de Rui Rio, são candidatos à presidência do PSD o antigo líder parlamentar Luís Montenegro e o atual vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz.
FOTOGRAFIA: BMF