Foi no passado dia 4 de novembro que a Fundação do Futebol – Liga Portugal e a Missão Continente iniciaram, em simultâneo por duas cidades distintas, nos distritos de Vila Real e Bragança, um roteiro pelo futebol não-profissional com a entrega de vinte bolas e um cheque de dois mil euros às duas associações distritais transmontanas.
Assim, no distrito mais a nordeste de Portugal Continental, a iniciativa que teve lugar em Mirandela, na manhã de sábado, distinguiu a Associação de Futebol de Bragança (AFB). O seu presidente, António Ramos, deu os “parabéns” à organização por esta ir “de encontro ao futebol de base”. Isto porque, acredita, “as associações são a célula base de todo o envolvimento desportivo” e é o “futebol de base das associações” que regista “o maior número de atletas federados, para depois chegarem à estrutura profissional”.
De acordo com o dirigente desportivo, as ofertas serão canalizadas para os atletas mais jovens. “As bolas vão servir para as associações distritais e a oferta do Continente vai servir também para essa logística. Nós temos cerca de 130/140 unidades de treino/ano que requerem uma logística própria de lanches, combustível, deslocação. A nossa área geográfica é, por exemplo, do tamanho da Associação de Futebol do Porto, da Associação de Futebol de Braga e da AF Viana do Castelo, tem as suas vicissitudes”, argumenta o entrevistado.
Para além de representantes da autarquia local como a vereadora do desporto, Vera Preto, e da Missão Continente, marcaram presença no arranque do projeto a CEO da Liga Portugal, Helena Pires, e o embaixador da Liga Portugal, Helton Arruda.
“Esta ligação entre Associações e Futebol Profissional é fundamental, é a base da nossa pirâmide e temos a obrigação, o dever de trabalhar em conjunto e em união para que o nosso Futebol seja mais forte”, sustenta a CEO Helena Pires, que assevera que a Liga Portugal está empenhada em ajudar a “construir uma base mais sólida”, essencial para tirar o “máximo partido do Talento do futuro”.
Já o embaixador confidencia ter-se sentido a “viajar de volta ao tempo de menino”, neste projeto que o próprio carateriza como “marcante”. “Eu sonhava ter uma bola e, hoje, a Fundação do Futebol faz aquilo com que sempre sonhei, que era ter essa oportunidade. É das maiores iniciativas em que já participei, porque não visa somente o futebol profissional”, confessa, reconhecendo a crença profunda que o une ao projeto.
De referir que faltam, ainda, premiar mais 20 Associações de Distritais e Regionais de Futebol.