O presidente da distrital de Bragança do PSD, Jorge Fidalgo, defendeu esta segunda-feira que o partido tem de acabar com "questiúnculas internas" e respeitar a vontade dos militantes em relação ao líder.
Jorge Fidalgo entende que a continuidade de Rui Rio como presidente do PSD depende “da vontade dele” e, assumindo-se como um “institucionalista”, defende que a questão da liderança só deve ser discutida no momento próprio, que é o congresso marcado para o final do próximo ano.
“Tal como defendemos a estabilidade no país, devemos defendê-la no partido. Se continuarmos com questiúnculas internas, dificilmente conseguiremos um resultado positivo”, afirmou, em declarações à agencia Lusa.
Para o presidente da distrital de Bragança, o PSD teve a nível nacional “o melhor resultado possível, atendendo às circunstâncias”, concretamente 27,9 por cento (%) dos votos.
“O que acho é que o partido tem de trabalhar e, fundamentalmente, haver militantes amigos do partido”, considerou.
Àqueles que defendem eleições antecipadas no PSD, Jorge Fidalgo responde com uma pergunta: “um líder que entre agora o que é que vai fazer? Andarmos aos “tiros” uns aos outros?”
O social-democrata defende que tal como deve ser respeitada a vontade dos eleitores nas eleições nacionais, “tem de se respeitar a vontade dos militantes”.
“Escolheram um líder e é com esse líder que devemos estar”, defendeu.
Jorge Fidalgo referiu, ainda, que “o PSD é muito maior do que qualquer militante” e que “é o partido que faz o líder e não o contrário”.
Sobre os resultados de Bragança, reconheceu que “o distrito tem sempre esta tendência já muito antiga para o PSD”, mas entende também a votação do eleitorado como um sinal ao Governo socialista.
“Espero que o Governo perceba que no distrito de Bragança estão descontentes com o anterior Governo. O investimento que houve nos últimos quatro anos foram as autarquias que o realizaram”, afirmou.
Na noite eleitoral de domingo, o distrito de Bragança contrariou a tendência nacional de derrota do PSD, atribuindo ao partido a votação mais expressiva do todo nacional, com quase 41% dos votos.