A Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) decidiu reiterar o apelo ao consumo local através do lançamento de uma nova campanha que visa sensibilizar os brigantinos a reaproximarem-se de negócios considerados essenciais para a economia concelhia como o comércio e a restauração.
Com o título sugestivo de “Para continuarmos AQUI, precisamos de Si!”, esta campanha da ACISB procura “consciencializar a comunidade a privilegiar o consumo local”, sublinhando o facto de que “sem comércio não há vida na cidade”.
“Os meses de junho e julho têm-se revelado muito maus para o comércio e serviços, em geral. As ruas vazias, os estabelecimentos sem qualquer movimento, até mesmo as esplanadas têm registado fraca afluência”, revela a ACISB, cuja posição privilegiada lhe permite constatar que “muitos são os comerciantes que atravessam, assumidamente, grandes dificuldades e nem as promoções antecipadas têm representado um aumento da procura”.
Enquanto porta-voz das empresas nordestinas que lutam diariamente, na tentativa de regressarem a uma sensação de normalidade vivida em tempos de pré-pandemia, a ACISB é categórica em afirmar que “é por sentir esta realidade de perto e ouvir os desabafos de quem depende do negócio”, que apela, uma vez mais, ao consumo local.
“Sem um comércio saudável agudiza-se também a crise social”, ACISB
“Mesmo estando em meses de verão não se nota um aumento do movimento nas ruas, os turistas ainda são escassos, assim como os emigrantes. Sem gente não há negócio, sem negócio não há empresas, nem postos de trabalho”, garante a ACISB, no papel, também, de representante dos interesses da comunidade em geral.
Já os comerciantes, motivados e empenhados nesta rixa desmedida contra um inimigo invisível, encontram-se, atualmente, a gravar vídeos, em que repetem o mote da campanha “Para continuarmos aqui, precisamos de si”, que serão, à posteriori, publicados nas redes sociais e canais online da ACISB.
“É um apelo sentido, verdadeiro, que revela bem o desespero de quem se sente impotente para fazer face às dificuldades que o contexto de pandemia criou. Por um lado, a insegurança com as oscilações do número de casos e a presença ainda da doença COVID-19 no mundo, no país e na região; por outro lado, a provável diminuição do poder de compra de muitos setores da população, desde logo dos próprios comerciantes e empresários dos ramos mais afetados pela crise”, declara a ACISB, em nota enviada à Comunicação Social, garantindo que “os comerciantes cumprem as regras de segurança, prepararam os respetivos estabelecimentos seguindo as orientações da Direção Geral de saúde e são os primeiros a seguir as regras e a querer que esta situação pandémica termine o mais rápido possível”.
Por todas essas razões e mais algumas, os detentores de negócios em Bragança que, neste momento, passam por sérias dificuldades, sendo que muitos já, inclusive, tiveram de fechar portas, pedem “confiança” à comunidade, para além do seu apoio incondicional. Querem, sobretudo, que “os clientes regressem, com regras, mas sem medo, que voltem a privilegiar os pequenos estabelecimentos, as compras presenciais, o atendimento personalizado”.
Em última instância, pretendem que a comunidade os ajude a manter à tona, que participe na sua sobrevivência, mantendo vivo o espírito social da economia local, pois ao fazê-lo estarão não só a salvar os comerciantes, mas também a própria cidade.