A 11 de março, celebrou-se, em Bragança, o 42° aniversário do Nordeste Automóvel Clube (NAC). A festa, que serviu de apresentação do novo presidente, Armando Carvalho, naquele que foi o seu primeiro evento público enquanto dirigente máximo do NAC, começou logo pela manhã, às 10 horas, com a concentração, na sede do clube, de sócios, direção e aficionados dos automóveis.
Após se cantarem os parabéns com direito a bolo, bebidas e discursos, nomeadamente, do vice-presidente da autarquia brigantina, Paulo Xavier, e do presidente da União das Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, Telmo Afonso, teve lugar um passeio de clássicos e desportivos pela cidade que serviu de aperitivo ao almoço convívio que se seguiu.
Pela tarde, a diversão e o clima de confraternização continuou com várias atividades a serem desenvolvidas no kartódromo de Bragança.
Em entrevista à Kapital do NordestE, o recém-empossado presidente do NAC falou do presente e no futuro de um clube fundado a 6 de março de 1981 e a oito anos de fazer meio século de vida.
“Eu pertencia à lista anterior, o presidente, por motivos pessoais, pediu a demissão do cargo, a equipa estava coesa e nós decidimos continuar o projeto. Tínhamos pegado nisto há pouco tempo, tínhamos feito 107 sócios e não queríamos defraudar, de maneira nenhuma, os sócios que tínhamos angariado, havia um plano de atividades já aprovado para 2023, portanto, estamos a dar-lhe continuidade nalguns pontos e noutros foi completamente reformulado”, começou por explicar Armando Carvalho que, na manhã do aniversário, tinha assumido a presidência há, apenas, oito dias.
Recorde-se que o presidente cessante é Bruno Miranda. Eleito em junho, demitiu-se no decorrer da última Assembleia Geral do Clube, alegando “motivos pessoais e profissionais”.
Sem cobrança de cotas desde 2013, o Nordeste Automóvel Clube conta, atualmente, com “107 sócios pagantes”, granjeados ao longo dos “últimos seis meses” como nos conta Armando Carvalho. “Não havia sequer uma lista de sócios, mas esse problema é anterior ao Bruno (Miranda). Esses 107 sócios foram conquistados por nós, pois, simplesmente, não havia sócios. O clube estava completamente inativo”, revela o entrevistado, recordando-se de 2005, ano em que o NAC teria entre “400 a 500 sócios”. E é essa a fasquia que o presidente coloca atualmente, atingir os "cerca de 400" associados no final dos três anos de mandato.
Para além do objetivo mais premente da direção passar por trazer para o clube “o máximo de gente possível”, requalificar o edifício sede é outra das metas que o NAC pretende atingir. "É um edifício que tem cerca de 25, 30 anos, tem algumas fachadas descascadas e gostaríamos de modernizá-lo, colocar aquecimento para podermos trazer os sócios para a sede no período de inverno, rentabilizar o espaço exterior com uma esplanada, arranjar alguém que possa explorar o bar para os sócios saberem que têm aqui uma casa aberta da qual podem usufruir e fazer um museu até ao final do ano, tipo uma sala, pois temos muito espólio guardado", exprime o responsável.
Contudo, eventos como a “perícia e o passeio das Cantarinhas, trazer provas para o centro da cidade, manter os passeios no primeiro domingo de cada mês e o desfile solidário de Natal, fazer passeios de clássicos um bocadinho diferentes, promover a Nacional 103, organizar um passeio todo-o-terreno, uma feira automóvel e uma prova internacional” fazem parte, também, dos planos que Armando Carvalho pretende ver concretizados, não esquecendo a parceria com o Aeroclube de Bragança, no que ao Careto AirShow diz respeito.