O Serviço Municipal de Proteção Civil de Vinhais veio apresentar, agora, os primeiros resultados no combate à vespa asiática, também conhecida por Vespa Velutina, que não conhece predadores naturais na região e cuja espécie se tem disseminado rápida e eficazmente.
As mais de 200 armadilhas instaladas em pontos estratégicos do concelho já capturaram 14 vespas fundadoras fecundadas, evitando a formação de pelo menos 14 ninhos nesta temporada de uma espécie invasora que ameaça a biodiversidade e a apicultura local.
As capturas ocorreram em zonas críticas do concelho, incluindo Nuzedo de Baixo, Ervedosa, Santa Cruz, Nunes, Rio de Fornos e Vinhais, sendo que as armadilhas foram distribuídas em áreas de risco identificadas pelos técnicos do município e “estrategicamente posicionadas” de modo a “intercetar as rainhas durante a fase de fundação de novos ninhos”, etapa crucial para conter a proliferação da espécie, já que cada rainha capturada representa a prevenção de um ninho que, em média, abrigaria milhares de vespas.
Sobejamente sabido por esta altura é que esta espécie invasora é considerada “uma praga que coloca em risco as abelhas locais, essenciais para a polinização e a produção de mel, atividade económica vital na região”, sublinha a autarquia vinhaense, que considera estes resultados “um sucesso” e que aproveita para recordar que, só em 2024, foram destruídos 436 ninhos de vespas no concelho.
A campanha que continuará ao longo da primavera, já que este é um período crítico para a formação de colónias, conta com a preciosa colaboração da população, que deverá reportar avistamentos de vespas ou ninhos através dos canais oficiais. O município, que tomou para si como prioridade o controlo desta praga, frisa que se devem evitar quaisquer métodos caseiros de eliminação, já que estes poderão, eventualmente, agravar a situação que se tem revelado um verdadeiro problema para os ecossistemas locais e, em particular, para a apicultura, um dos setores que movimenta uma parte significativa da economia rural de Vinhais.
