O Município de Alfândega da Fé assinou um protocolo com a Agência Portuguesa do Ambiente com o intuito de levar a cabo medidas concretas que contribuam para a diminuição do impacto da escassez de água no concelho.
De referir que o concelho, comummente conhecido pela sua fruta vermelha, a cereja, foi um dos mais fustigados pela seca e continua a ser afetado pela contínua e persistente falta de água, em particular, na Barragem de Sambade que, apesar do seu nível de água reduzido, continua a abastecer, não só grande parte de Alfândega, mas, também, algumas localidades dos concelhos limítrofes.
Através do protocolo celebrado com a APA, a autarquia irá dotar a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alfândega da Fé com um camião- cisterna para fazer face à necessidade de abastecimento de água às populações como, de resto, aconteceu, este ano, na aldeia de Soeima.
O protocolo prevê, ainda, o financiamento dos kits redutores de caudal para instalação nos domicílios dos munícipes, bem como melhorias nas infraestruturas de reserva e tratamento de água existentes no concelho, de forma a aumentar a sua resiliência face a períodos de seca.
“O município de Alfândega da Fé está empenhado em reforçar e muscular as medidas de mitigação e combate à seca e ao desperdício de água e, nesse sentido, estamos a trabalhar junto das várias entidades competentes como a APA para melhorar a nossa resiliência, impulsionar comportamentos individuais e coletivos mais responsáveis no uso da água e reduzir consumos, apelando ainda para a concretização de projetos estruturantes nesta área como é o caso do reforço da bacia hidrográfica da barragem de Sambade”, assinalou o presidente da câmara municipal, Eduardo Tavares, na cerimónia de assinatura do protocolo levada a cabo nos Paços do Concelho, a 9 de dezembro.
De acordo com o edil alfandeguense, a “APA tem sido bastante pró-ativa neste processo e tem tido um papel decisivo, sendo de destacar o trabalho de toda a sua equipa, na pessoa do seu vice-presidente, o engenheiro Pimenta Machado, que permitiu mitigar alguns dos efeitos deste grave período de seca e aumentar a nossa resiliência no futuro”.