O Município de Macedo de Cavaleiros irá homenagear já este sábado, dia 29 de junho, a equipa do helicóptero de emergência médica que se despenhou próximo de Valongo a 15 de dezembro de 2018, provocando a morte dos quatro profissionais.
O médico Luís Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo serão agraciados, a título póstumo, com a Medalha de Mérito Municipal de Valor e Altruísmo, Grau Ouro, durante as comemorações do Dia do Município, numa cerimónia que contará com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.
A cerimónia, que decorre no Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros, terá início às 15 horas será, ainda, marcada pelas condecorações ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Manuel Filipe Serralva, o médico com mais horas em emergência médica e que prestou serviço na base do Heli 3, desde que o mesmo foi inaugurado em Macedo de Cavaleiros.
O FATÍDICO DIA 15 DE DEZEMBRO…
A equipa do INEM tinha descolado por volta das 15 horas da base em Macedo de Cavaleiros para efetuar o transporte de uma mulher de 76 anos com problemas cardíacos graves que se encontrava na Unidade Local de Saúde do Nordeste, em Bragança. O transporte de emergência teve como destino o Hospital de Santo António no Porto, onde a doente chegou por volta das 18h10. Foi já no trajeto de regresso que, por volta das 18h30, a aeronave deixou de estar visível no radar. O resto é história…
QUATRO CARREIRAS, QUATRO PROFISSIONAIS, QUATRO VIDAS PERDIDAS E MUITAS POR SALVAR
A bordo do Heli 3 seguiam o médico Luís Vega, a enfermeira Daniela Silva, o piloto João Lima e o copiloto Luís Rosindo. Luís Vega, médico de 47 anos e de nacionalidade espanhola, trabalhava na Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) há 11 anos e integrava o Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga como especialista em Medicina Interna há quase 20 anos.
A enfermeira Daniela Silva, de 34 anos, integrava os quadros do Instituto Nacional de Emergência Médica onde, além de operacional, era formadora de Tripulante de Ambulância de Transporte.
O piloto João Lima, de 56 anos, era um piloto muito experiente, com milhares de horas de voo, muitas delas em missões, tanto no transporte de doentes como em operações de resgate e combate aos incêndios. Destacou-se em várias missões de risco, incluindo o resgate de jovens que ficaram encurralados numa escarpa das cataratas do Bal Couvo, em Gavião.
Luís Rosindo, o copiloto de 31 anos, partilhava a paixão do voo com o ciclismo e BTT. Alistou-se na Força Aérea Portuguesa em 2006, onde permaneceu até 2015. No ano seguinte ingressou na empresa de transporte aéreo Babcock MCS, que operava o Heli 3.