A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, anunciou hoje que serão atribuídos 500 mil euros aos agricultores afetados pelos incêndios, através de novo despacho do Governo.
“Este despacho foi assinado ontem [sexta-feira] e atribui 500 mil euros aos agricultores afetados pelos incêndios para os ajudar na alimentação animal. Estamos também a distribuir açúcar pelos apicultores afetados, com a colaboração das direções regionais de agricultura”, concretizou a governante na ExpoMoncorvo, que decorre em Torre de Moncorvo.
Por outro lado, Maria do Céu Antunes disse ainda que foi prorrogado o prazo, a pedido das confederações [da lavoura], para a atribuição de cerca de 27 milhões de euros a setores como os da suinicultura, do leite, das aves e dos ovos.
Maria do Céu Antunes disse ainda que, na sequência de trabalho com as confederações, serão atribuídos, no âmbito do desenvolvimento rural e com verba do Orçamento de Estado cerca de 57 milhões de euros, em apoios a vários setores agrícolas, “seja a hortofloricultura, os pequenos ovinos, caprinos ou bovinos ou ainda a culturas temporárias, permanentes, de sequeiro ou regadio”.
Segundo a ministra, são montantes que podem ajudar os agricultores no período pós covid-19, com o problema da seca ou consequências da guerra na Ucrânia.
A ExpoMoncorvo decorre ao longo de todo o fim de semana e junta uma centena de expositores, com destaque para a agropecuária e raças autóctones
Outra das promessas deixadas pela ministra passa pela aposta em regadios coletivos e mais eficientes na região transmontana, em articulação com os autarcas locais.
Ao nível dos apoios às raças autóctones, Maria do Céu Antunes, deixou a garantia de que, no próximo ciclo de investimentos, haverá um aumento de cerca de 60% aos produtores.
“Atualmente, as raças autóctones têm um apoio de 15 euros por animal, e o qual passará no próximo ciclo de investimentos para os 24 euros por cabeça”, disse.
Para o autarca de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, estas medidas anunciadas durante a Expomoncorvo são bem-vindas, “mas não se podem perder nas teias da burocracia, já que se trata de um território de população envelhecida”.