O Ministério da Agricultura disse hoje que está ser feito o "apuramento concreto" dos prejuízos causados pelo mau tempo que atingiu vinhas, olivais, pomares de macieiras e pequenas hortas familiares em Alijó e Carrazeda de Ansiães.
Em resposta a um pedido de informações da agência Lusa, fonte do Ministério da Agricultura referiu que o apuramento dos estragos está a ser garantido pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), em várias localidades dos concelhos de Alijó e Murça, no distrito de Vila Real, e Carrazeda de Ansiães, distrito de Bragança.
“As culturas atingidas foram vinhas, olivais, pomares de macieiras e pequenas hortas familiares”, referiu a tutela, que acrescentou que “o mais brevemente possível será emitido um relatório final das ocorrências”.
A chuva intensa e o granizo que caíram no domingo e na terça-feira provocaram estragos nas culturas predominantes nestes concelhos e agricultores e autarcas já pediram apoio ao Governo.
Em resposta, o ministério disse que “ainda decorre o apuramento concreto dos prejuízos, assim como o levantamento de informação que permita concluir se os produtores afetados são detentores de seguros de colheitas ou não”.
“Em função destes elementos e do relatório final das ocorrências, o Ministério da Agricultura e Alimentação analisará quais as medidas a tomar em conformidade dentro das respostas previstas para este tipo de ocorrência”, salientou.
Na terça-feira à tarde, o mau tempo atingiu uma área que vai da zona das aldeias de Porrais e Martim, no concelho de Murça, até Carlão e Santa Eugénia, já no concelho de Alijó, localidades inseridas na Região Demarcada do Douro.
O município de Murça disse hoje, num primeiro balanço, que terão sido afetados cerca de 800 hectares neste concelho.
Esta foi já a segunda vez, esta semana, que o concelho de Alijó foi atingido pelo mau tempo.
A autarquia de Alijó apontou para prejuízos em cerca de 500 hectares nas freguesias de Carlão e Santa Eugénia, mas, em consequência da queda de granizo no domingo, elencou uma área atingida de cerca de 1.600 hectares nas freguesias de Castedo e Cotas e São Mamede de Ribatua.
O município já disse que vai reportar estes prejuízos ao Ministério da Agricultura e pedir ajuda para mitigar os estragos causados na vinha que, neste território, é a principal fonte de rendimentos dos agricultores.