Um incêndio numa habitação que consumiu toda a estrutura que sustenta o telhado na noite de quinta-feira, dia 21 de janeiro, deixou um jovem casal desalojado.
Os bombeiros receberam o alerta às 21h59, sendo que pelas 22h45 o fogo já havia sido controlado e encontrava-se em fase de rescaldo.
“O principal problema com que nos deparámos foi, sem dúvida, os acessos. Trata-se de uma zona histórica e a construção antiga fez com que ardesse toda a parte da cobertura”, revela o segundo comandante dos Bombeiros de Bragança, para quem “não há indícios ou suspeitas que apontem para o foco de ignição do incêndio. Isto é, onde terá tido início. Apesar do casal possuir uma lareira, mas isso não quer dizer nada”.
Questionado sobre qual foi o cenário com que os bombeiros se depararam ao chegarem ao local, Carlos Martins afirma que “a parte da cobertura já completamente tomada pelas chamas. Ou seja, aquilo deve ter estado a arder algum tempo, sem que ninguém se tivesse apercebido”.
Até porque, de acordo com o entrevistado, “o alerta foi dado por uma vizinha que ia a despejar o lixo e eles estavam dentro de casa e nem sequer se aperceberam, já que um estava a dormir e o outro estava no rés-do-chão e a vizinha é que viu o clarão e ligou para os bombeiros”.
O jovem casal, “de 20 e poucos anos”, a viver numa casa antiga que havia sido reconstruída, ficou hospedado em casa de familiares.
No teatro de operações, estiveram 20 bombeiros e 4 viaturas, bem como a Polícia de Segurança Pública, não se tendo registado qualquer ferido.
“O objetivo era conseguirmos impedir que o incêndio se propagasse às casas contíguas e, nesse sentido, foi um grande sucesso”, sublinha Carlos Martins, reiterando as dificuldades inerentes a um incêndio numa qualquer zona histórica do país. “Os acessos são reduzidos, as ruas são estreitas, e por isso tivemos de levar quatro viaturas, pois tratam-se de veículos de pequenas dimensões para conseguirmos ter acesso à casa. Isso faz com que cada carro leve pouca água”, explica o segundo comandante dos Bombeiros de Bragança, referindo que se o mesmo incêndio tivesse acontecido “na Sá Carneiro, provavelmente, só precisaríamos de uma viatura porque levaríamos o camião que, em princípio, teria água suficiente para resolver o problema”.
Durante o dia seguinte, logo na manhã de sexta-feira, os trabalhos continuaram no terreno, já que diversos funcionários da Câmara Municipal de Bragança se dirigiram ao local com o intuito de removerem os destroços e o muito entulho que se acumulou na via pública, resultante do incêndio.