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Idosa de 93 anos com traumatismo craniano encontrada morta no Castelo de Bragança

Esta manhã, pelas 9h22, os Bombeiros Voluntários de Bragança (BVB) receberam um alerta dado por uma assistente social da Obra Padre Miguel.

A profissional estaria a acompanhar um casal de idosos, conhecido por estar sozinho, que mora na Rua D. Carlos I, dentro das muralhas do Castelo de Bragança, indo a sua casa e tratando de diversos outros assuntos. Quando o casal não lhes abriu a porta, foi então que a assistente social decidiu soar o alarme.

Fomos acionados para uma abertura de porta com socorro, a informação que nos deram era que haveria duas pessoas inconscientes dentro da residência e, quando abrimos a porta, deparámo-nos com um casal de idosos deitado no chão, a senhora já estava morta, a VMER declarou logo o óbito e o senhor estava consciente, ao lado da mulher, mas completamente desorientado”, começa por descrever o adjunto do comando dos BVB, que assinala que a vítima mortal, de 93 anos, “tinha um traumatismo craniano com uma hemorragia sangrenta”.

De acordo com João Gonçalves, a única explicação plausível, por enquanto, até porque a Polícia Judiciária (PJ) já esteve no local do sinistro a proceder à recolha de indícios, é que a idosa possa, eventualmente, ter caído. “Ela já teve, há tempos, uma queda, disseram-nos no hospital, portanto, a senhora tinha problemas de mobilidade e a nossa suspeita é que ela ao tentar levantar-se tenha caído”, acredita o entrevistado, responsável pela operação levada a cabo pelos bombeiros da cidade Capital de Distrito.

Ficam, assim, excluídas as teses de morte natural e de morte por inalação de monóxido de carbono avançadas, logo ao início da manhã, por alguns meios de comunicação social.

bvb

Dada a idade avançada, à qual se soma o aparente problema da mobilidade e tratando-se de uma casa antiga, de espaços confinados e com umas escadas íngremes de acesso ao primeiro andar, o casal havia, inclusive, optado por dormir no rés-do-chão, onde colocou uma cama para evitar subir os degraus.

O homem de 86 anos foi transportado, de imediato, para a Unidade Local de Saúde do Nordeste pelos soldados da paz, acompanhados pela VMER, onde ainda deve permanecer, tratando-se, agora mais que nunca, de um caso social.

E se os bombeiros saíram às 10h25 do local, enquanto as autoridades policiais permaneceram em casa do casal, já a PJ só terminaria as respetivas diligências por volta das 15 horas, tendo os bombeiros regressado, posteriormente, para remover o cadáver da idosa que, às 15h15, foi transportado para a Medicina Legal do hospital de Bragança.

No teatro de operações, esteve a PSP, cuja assistência é mandatória aquando da abertura de portas, e sete bombeiros com três veículos, para além da VMER e da PJ, cuja presença, desta última, também é obrigatória sempre que há uma morte passível de ser investigada.

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