Grande Travessia em BTT une Douro Internacional ao Vinhateiro com 275 quilómetros

Os praticantes de BTT e cicloturismo vão dispor de uma rota com 275 quilómetros de extensão que vai ligar o Alto Douro Vinhateiro à área protegida do Douro Internacional, num circuito que atravessa sete concelhos.

A Grande Travessia do Douro Internacional e Vinhateiro (GTDIV), como é designada, é um projeto da Associação de Municípios do Douro Superior (AMDS) que pretende valorizar e preservar os ativos turísticos deste território, através de um circuito potenciador das atividades ao ar livre e do usufruto de património cultural e natural "que de outra forma não seria possível aproveitar".

"Esta é uma rota que vai ajudar a potenciar os ativos turísticos do território através de um circuito ciclável com 275 quilómetros extensão. A iniciativa está vocacionada para a promoção do cicloturismo num território e que que junta dois patrimoniais mundiais da humanidade [Douro Vinhateiro e Arte Rupestre do Vale do Côa e um área protegida de grande valor ambiental", explicou à lusa o secretario geral da AMDS, Nuno Trigo.

O praticante de BTT pode assim contemplar a paisagem entre os rios Douro, Sabor e Tua, onde, segundo o responsável, cada passagem "é um momento único".

A GTDIV consiste num projeto para a promoção do cicloturismo e da prática de BTT no território do Douro Superior, sendo constituída por um traçado linear de longa distância, devidamente equipada, que decorre predominante nos espaços naturais do Nordeste Transmontano.

"Será um equipamento para prática de BTT a nível nacional e internacional, que oferece aos praticantes um contacto privilegiado com um vasto território, nas melhores condições técnicas e logísticas para a prática do cicloturismo", vincou Nuno Trigo.

Quem optar por este percurso terá de respeitar a sinalética e normas existentes para a prática de BTT e cicloturismo em vigor a nível nacional e internacional.

"Ao longo do traçado vão ser instalados painéis contendo informações e sinalética de direção complementares", indicou a AMDS.

Os praticantes de BTT olham para este novo traçado com entusiasmo, como indicou à Lusa o presidente da Associação Monóptero Bikers Clube de Mogadouro, que representa mais de uma centena de praticantes de BTT e de cicloturismo

"Apoiamos esta iniciativa, como outras viradas para o BTT. Os desportos em bicicleta estão em franco crescimento, especialmente nesta época após confinamento, sendo uma forma de dar a conhecer a região", concretizou Nuno Moreno.

O também praticante da modalidade destaca a importância dos centros de apoios contemplados na travessia, em que o cicloturista faz todo o percurso "numa onda de lazer e descoberta dos valores culturais e patrimoniais do território".

O circuito de 275 quilómetros será repartido por seis etapas, cada uma com início e fim em cada um dos concelhos da AMDS.

Em cada um destes concelhos haverá centros de apoios aos praticantes que vão dispor de balneários, sanitários e estações de serviço para a lavagem de bicicletas.

Ao longo de todo percurso serão instalados 20 pontos intermédios tendo em vista o contacto com as populações e dinamização da económica local.

A GTDIV vai passar pelos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Torre de Moncorvo, Carrazeda de Ansiães (Bragança) Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa (Guarda).

A AMDS deixou a garantia de que a implementação e homologação do projeto da Grande Travessia será levado a cabo "seguindo os critérios da Federação Portuguesa de Ciclismo, bem como os princípios básicos da IMBA (International Mountain Bicycling Association)".

O investimento na GTDIV ronda os 428 mil euros com um financiamento de cerca de 273 mil euros do Programa Valorizar.

 

NA FOTOGRAFIA: To Oura, Paulo Gonçalves e Victor Garcia.

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