A empresa intermunicipal que gere os resíduos no distrito de Bragança tornou-se numa das maiores da região com um volume de negócios anual de perto de sete milhões de euros e cerca de 250 postos de trabalho.
Os dados foram avançados ontem pelos responsáveis num balanço dos projetos em curso para reforçar os serviços da Resíduos do Nordeste Transmontano, a empresa detida pelos 12 municípios da região.
“Claramente temos hoje na Resíduos do Nordeste uma das maiores empresas do nosso distrito”, vincou o presidente Hernâni Dias, à margem de uma sessão de apresentação dos projetos.
Ao todo, segundo o presidente, “o sistema da resíduos envolve cerca de 250 pessoas (trabalhadores), no ano 2019 teve um volume de negócios de cerca de sete milhões de euros e resultados líquidos superiores a 300 mil euros”.
A empresa tem em curso projetos de seis milhões de euros financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência Energética no Uso de Recursos (POSEUR).
De acordo com Hernâni Dias, “alguns têm a ver com a parte de sensibilização da comunidade para a necessidade de fazerem também o trabalho que é separar os materiais dentro de casa, dos escritórios, na restauração, nas empresas, na indústria”.
Outras candidaturas, segundo ainda o presidente, destinam-se a "aquisições de viaturas, apostando no gás natural e viaturas elétricas”.
Os responsáveis observam que a sensibilização tem dado resultado, com a recolha seletiva a crescer “23%, em 2019” e “16%, no primeiro trimestre de 2020”.
O diretor da Resíduos do Nordeste, Paulo Praça, referiu-se também ao investimento, em fase final de execução, num novo centro completamente automatizado, que vai fazer toda a triagem de embalagens da região, aumentando a capacidade para o dobro.
O diretor referiu ainda que, durante o confinamento devido à pandemia de Covid-19, a população da região manteve os hábitos de reciclagem.
A propósito do momento relacionado com a pandemia, Paulo Praça reforçou o alerta para que a população não coloque os materiais de proteção, como máscaras e luvas, nos ecopontos, mas sim no lixo indiferenciado.
FOTOGRAFIAS: BMF