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Gentes de Alfândega no apoio à materialização do sonho “Volta à Europa em 800 horas 50cc”

Nelson Francês, Gonçalo Caiola, António Botelho, Fábio Felícia, Luís Constâncio, Luís Américo e Cláudio Duarte foram os sete protagonistas que durante 800 horas ou 33 dias deram a “Volta à Europa” em motorizadas de 50 centímetros cúbicos (cc).

Indubitavelmente, um empreendimento extraordinário, que teve início a 20 de julho e que só terminou quando este grupo de duros algarvios chegou a Silves a 23 de agosto. No entanto, dias antes, os intrépidos viajantes amantes de duas rodas passaram por Alfândega da Fé, mais precisamente por Valpereiro e Agrobom, onde permaneceram durante 48 horas.

Mas encetemos esta história pelo princípio e ouçamo-la contada por um dos principais responsáveis pela passagem e estadia do grupo motard nestas duas pequenas aldeias do Nordeste Transmontano.

No decorrer de alguma pesquisa, descobrimos através das redes sociais a página ainda com o nome “Volta a Portugal em 80 horas 50cc”, mais tarde denominada de “Volta à Europa em 800 horas 50cc”, começou por contar à Kapital do NordestE (KNE) Orlando Borges, da Associação Recreativa de Valpereiro (ARV). “O grupo já tinha escolhido Alfândega da Fé para a reentrada em Portugal, entrámos, então, em contacto com um dos organizadores e participante, o Nelson Francês, para averiguar o que eles necessitavam”, continua. E o convite foi aceite. “Durante dois dias, o grupo permaneceu em Valpereiro e Agrobom, ficou hospedado no Alojamento Local – Quinta da Mourisca, onde descansou, e fazia as suas refeições na sede da nossa associação, onde teve a oportunidade de saborear a nossa gastronomia e os produtos regionais, nomeadamente, o azeite premiado mundialmente “Casa de Valpereiro”, trocar experiências e ouvir e contar histórias”, relata o entrevistado, que carateriza “estes algarvios” como “gente determinada”.

 

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Quanto às máquinas de fabrico nacional, verdadeiras resistentes, oriundas de outrora, quando ainda se faziam para resistir ao teste do tempo. “Estas motorizadas de 50cc, nós já sabíamos que eram de qualidade, mas, agora, após 7500 quilómetros, nove países e dois principiados, ficou provado que são autênticas máquinas sem limite”, elogia Orlando Borges que pôde comprovar, in loco, a resistência suprema de motos que, para além dos condutores, ainda, traziam, de reboque, muita da carga do grupo, jovem de alma, de temerários.

De sublinhar que, antes da partida para o destino seguinte, Góis, os sete magníficos puderam desfrutar de inesquecíveis momentos, tendo visitado e aproveitado para fotografar os Lagos do Sabor e as localidades de Valpereiro, Agrobom e Felgueiras. Esta última, que integra a União das Freguesias de Agrobom, Saldonha e Valpereiro, e que é já uma "Aldeia da Biosfera", apesar de ter menos de 10 habitantes atualmente, foi o local escolhidos para o surgimento da primeira “Aldeia das Artes” em Portugal.

À chegada a Silves, a meta final, a concretização de um sonho. “Castelo de sonhos ❤️ SILVES 👑 É certo que sofremos para conseguir concluir com êxito a VOLTA A EUROPA EM 800HORAS 50CC 2019 🏁🇵🇹 Este resultado, só foi possível, graças a todos vós, que nos apoiaram durante a volta a Europa, todos vós de norte a sul do país, assim como todos os portugueses que passaram por nós pela Europa ❤️🇵🇹👑💯🏁. Um grande OBRIGADO A TODOS VÓS 💯👑🇵🇹🏁!”, pode ler-se na página oficial do grupo, em https://www.facebook.com/voltaaportugalem80horas/.

 

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No final da breve, mas frutífera, passagem de dois dias por Terras de Alfândega, o desejo dos anfitriões, personificado na voz do presidente do Conselho Fiscal da ARV era só um. “Esperamos que Alfândega da Fé tenha representado a cereja no topo do bolo para estes sete aventureiros, que realizaram um feito de superação pessoal”, confidencia Orlando Borges á KNE, que faz questão de mencionar que, em Valpereiro, realiza-se, anualmente, um Passeio de Motos Clássicas que já vai na sua terceira edição e que acontece “com o pretexto de celebrar a amizade e onde a Rainha da Festa são as motorizadas nacionais de 50cc”.

Habitualmente, este passeio realiza-se no fim de semana da Páscoa, sendo que, esta última edição, contou com 140 inscritos e com, sensivelmente, 250 visitantes. Este evento, conhecido por trazer à região um dinamismo subjacente muito próprio, percorre, alternadamente, uma parte do concelho com “paisagens de cortar a respiração”, evidencia Orlando Borges, avisando, no entanto, que já em 2020, “o próximo passeio terá um novo formato e uma data ainda a definir”. “A Associação Recreativa de Valpereiro já está a trabalhar nesse sentido e podemos garantir que as ideias são muitas e que será uma agradável surpresa”, promete o responsável, que estende, desde já, o convite a todos os potenciais interessados.

 

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Na sua génese, o Passeio de Motos Clássicas surgiu, nas palavras do entrevistado, com o intuito de “homenagear todos aqueles que, no passado, se faziam transportar em motorizadas, já que estas eram fundamentais para o exercício das suas profissões, nomeadamente, o Barbeiro, Cantoneiro, Peixeiro, Carteiro, Trolha, Picheleiro, Ferrador  e até a própria Guarda Nacional Republicana e muitas outras, algumas  já extintas”.

Resta dizer que o passeio que, este ano, teve lugar a 19 de abril, é organizado pela ARV, contando, para o efeito, com o apoio incondicional da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, do Motoclube Alfandeguense e da União das Freguesias de Agrobom, Saldonha e Valpereiro.

 

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"UNIDOS PELO ESPÍRITO MOTARD E NÃO PELA MARCA, MODELO OU CILINDRADA"

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