Festival SpiritFest celebra uma década de música alternativa a 25 de novembro em Bragança

“Chegar à décima edição de um festival sem data fixa, sem preço fixo, sem local fixo e que teima em acontecer só por acontecer, que nasce do dia para a noite e quase se organiza sozinho como que tendo vida própria, é um feito digno da maior das carolices”, assim resume a organização, da responsabilidade da promotora independente Dedos Biónicos, o festival de música urbana que invadirá Bragança, a 25 de novembro.

Na celebração de uma década de existência, o SpiritFest volta a “apostar num cartaz eclético e multicultural, abrangente, inclusivo e democrático”, transportando as suas apuradas “degustações musicais” e “exibições artísticas” a quatro espaços emblemáticos do centro da cidade Capital de Distrito. São eles a Casa da Seda do Centro Ciência Viva de Bragança, o MINA Creative Hub, a casa de vinhos Lost Corner e o Goal Keeper. Já as artes plásticas e audiovisuais irão estar patentes, ao longo de todo o festival, com arte de Miguel Silva, Cristina Costa, Rita Sá e Bandido.

Sobre o “cardápio musical” do festival (ver programa, em baixo) que arranca sábado, 25 às 16 horas, para só terminar na madrugada de domingo no Goal Keeper, destaque para a “eletrónica propulsiva e precisa dos londrinos Gum Takes Tooth, o virtuosismo na voz e na guitarra do espanhol Victor Herrero, a máquina sonora de techno industrial e trance esquisito de Zancudo Berraco, a dupla instrumental de rock a contra-tempos dos Navegantes da Rua, a incursão sonora por trilhos enigmáticos do transmontano Dark Alchemy, as paisagens escuras e atmosféricas da dupla polaca Smrt A Dvka, a parelha de baterias em colisão Cardeal Polatuo e a seleção musical imprevisível de Carlos e Custódio”, anuncia o CEO da Dedos Biónicos, Nuno Fernandes, que ainda tentou organizar o festival no pavilhão do Instituto Português da Juventude, um local idealmente mais espaçoso para um evento desta magnitude. Contudo, ao que parece, vários foram os entraves colocados pelo responsável daquela instituição.

MASSON

Mas é, de facto, por ser “na base da carolice, de forma livre e altruísta” que o SpiritFest faz questão de proporcionar alternativa artística e diversidade musical, levando concertos ao centro histórico, assim “valorizando o património local, de modo a atrair público e agentes culturais”, advoga o rosto da promotora independente, sobre um “festival de proximidade e de conexões”.

Quanto a preços, o passe geral tem um custo de 20 euros em pré-venda, mas, atenção, pois no próprio dia, será cinco euros mais caro, dando, ambos, acesso a todos os espetáculos e estando limitados à capacidade dos espaços da Casa da Seda e MINA. Já os concertos no Lost Corner e no Goal Keeper são de entrada gratuita.

O SpiritFest, que ao longo das nove edições anteriores já presenteou os brigantinos com 59 artistas nacionais e internacionais, bandas inovadoras e talentos emergentes de diversos estilos musicais, “é um festival que não se fecha em géneros nem em rótulos, polivalente no gosto musical, que quer levar aos ouvidos dos audiófilos mais destemidos novas linguagens e sonoridades”, sublinha Nuno Fernandes, um dos maiores impulsionadores da multiplicidade cultural nesta, por vezes, esquecida terra do Nordeste Transmontano, que aprendeu, desde cedo, a fazer muito com muito pouco.

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