Foi inaugurado no passado sábado, dia 23 de maio, o Mercadinho da Cereja e dos Produtos Locais em Alfândega da Fé. Uma forma, de acordo com o executivo, “de incentivar a retoma das atividades económicas e apoiar a produção local, nomeadamente das cerejas de Alfândega da Fé”.
Marcam presença no mercadinho, que se prolonga ao longo dos vários fins de semana até ao dia 14 de junho, doze expositores, cinco dos quais dedicados à Cereja de Alfândega da Fé. Neste espaço poderão ser encontrados, ainda, vinhos, queijos, enchidos, cogumelos e a doçaria típica do concelho.
“Apesar de termos tido alguma quebra na produção, a verdade é que a Festa da Cereja marca no nosso calendário, é o principal certame do nosso concelho, e como tal não podemos deixar de divulgar e promover a Festa da Cereja e, também, desta forma, continuar a promover, não só a cereja, as os produtos locais, as empresas, as nossas instituições, que todos os anos ajudam a marcar a nossa identidade com a Festa da Cereja”, sustenta o presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, quando questionado pela Kapital do NordestE.
Na opinião de Eduardo Tavares, este certame trata-se de um regresso “às nossas origens porque foi aqui neste espaço que nasceu a Festa da Cereja na década de 80 com um grande prémio de atletismo à volta das cerejas, que foi evoluindo, que foi crescendo, até chegar à grande Festa da Cereja que agora fazemos”.
E apesar desta não ser “a festa que todos desejaríamos”, devido às limitações impostas pelo Covid-19, o autarca alfandeguense afirma que o mercadinho ar ar-livre surge como uma forma de “ajudar os nossos produtores a escoarem a sua cereja”.
Quanto ao balanço do primeiro dia, “está a correr muito bem, pois como podemos ver a procura é muita e a oferta é menor", sublinha Eduardo Tavares.
Quem também marcou presença no primeiro dia do evento foi a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, e a diretora Regional de Agricultura e Pescas do Norte, Carla Alves.
A ex-edil alfandeguense aproveitou para elogiar, não só o trabalho dos produtores, pela sua resiliência em tempos de pandemia, mas também o esforço das câmaras municipais, que “em todo este processo, têm sido exemplares e mostram bem a importância do poder local, pois tudo têm feito para apoiar os portugueses”, destacou Berta Nunes.
Já Carla Alves, quanto à quebra de produção da cereja, provocada pelas chuvas, salientou que “o Ministro da Agricultura apercebeu-se do problema gravíssimo que houve na quebra da produção da cereja e está a pensar numa medida de apoio financeiro que possa compensar estas quebras de produção, tendo anunciado isso mesmo no Fundão”.
Resta dizer que este evento realizar-se-á todos os fins de semana e feriados até ao dia 14 de junho, das 9h30 às 19 horas, no Jardim Municipal de Alfândega da Fé, contando amanhã, dia 30 de maio, com a presença da secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira.