Executivo freixenista acusado de “comprometer o presente” e “hipotecar o futuro”

A Comissão Política Concelhia do PSD de Freixo de Espada à Cinta manifesta a sua preocupação pela gestão financeira assumida pelo executivo socialista de Nuno Ferreira, após este ter aderido ao Fundo de Apoio Municipal (FAM).

Esta decisão foi tomada a 30 de outubro, em sessão da Assembleia Municipal, sendo caraterizada pela oposição, que recomendou a sua suspensão, como “o pior dos desnortes”, uma “fuga para a frente de quem gere, por enquanto, o concelho” e que “só acontece por sentir-se incapaz de ter rigor, planeamento e respeito, não apenas pelos dinheiros públicos, mas também pelos funcionários precários do município, principais vítimas da adesão ao FAM”.

Não deixa de ser bizarro e contraditório, que o mesmo executivo que aumenta, diariamente, a dívida, gasta no supérfluo, e já teve credores que se recusaram a continuar a prestar serviços ao município, nomeadamente, postos de abastecimento de combustíveis, seja o mesmo que se entrega a um plano de pagamento de dívida castigador para todos: funcionários do quadro privativo, prestadores de serviços e munícipes”, garante a Comissão Política Concelhia do PSD de Freixo de Espada à Cinta, em comunicado enviado à redação.

De acordo com esta força política, as consequências da adesão ao FAM são “claras, obrigando o município a cumprir, entre outras obrigações, uma prestação de quase 70 mil euros a partir de 2026; cobrança, pela taxa máxima, do IRS; cobrança, pala taxa máxima, da derrama; atualização da tabela de taxas até ao 1o semestre de 2024; alteração das taxas de água, saneamento e resíduos dentro do que é definido pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos; inibição de fazer o recrutamento de pessoal ou celebrar contratos a termo sem que se verifique a regra de uma entrada por cada duas saídas, passando depois a regra a ser uma entrada por cada uma saída; alteração das taxas de IMI, ainda que por agora se mantenham, estarão sujeitas às alterações necessárias de modo a satisfazer os encargos do Plano de Ajustamento em caso de desvio na execução do mesmo”.

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Presidida por José Estácio, a Comissão Política Concelhia do PSD de Freixo de Espada à Cinta sublinha que “todas estas restrições contrariam as promessas feitas por Nuno Ferreira enquanto candidato, e a palavra dada, enquanto, ainda presidente, aos funcionários autárquicos e munícipes”, acrescentando, ainda, que a “adesão ao FAM era um ato escusado se o executivo decidisse gerir com cuidado, rigor e organização, em vez de ter como preocupação comportar-se como uma comissão festivaleira”.

A Kapital do NordestE tentou, por diversas vezes, contactar o presidente da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta, no sentido de obter o contraditório por parte de Nuno Ferreira. Contudo e, apesar da insistência, não obteve qualquer resposta.

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