Constituída por sete elementos com idades entre os 8 e os 14 anos, a equipa GhostCrew de um estúdio de dança de Bragança conseguiu conquistar o primeiro lugar no Festival Dance Kids em Vila Franca de Xira.
Liderada pelo performer Ghost, bem conhecido na Capital de Distrito, até por já ter representado a cidade, através da dança, em eventos e programas televisivos, a GAU (Ghost Artist Hub) decidiu levar uma das suas turmas, enquadrada na “Categoria Urbana / Júnior”, ao Ateneu Artístico Vilafranquense, onde se sagrou vencedora com 87 pontos.
Organizada pela Portela Dance, aquela que é considerada por muitos como “uma das maiores competições de dança urbana” do país e onde se inscreveram mais de 200 grupos, foram avaliados parâmetros tão distintos como o nível de técnica, a dificuldade, o controlo da coreografia, a originalidade, a criatividade, a diversidade e a interpretação do tema musical, bem como a própria interpretação artística do bailarino, as suas expressões e interações com o público, não descurando nunca o impacto visual e estético, criado pela conjugação da roupa com a maquilhagem e o cabelo.
“O evento foi espetacular, o local é um espaço que respira as artes performativas e onde os artistas puderam trocar impressões e interagir uns com outros. Os nossos alunos, experienciaram emoções fortes, pois, durante uns dias de ensaios intensivos, surgiram algumas lesões, mas não foram suficientes para impedir que eles dessem tudo em palco com a consequência de trazerem o prémio de primeiro lugar”, descreve Edvaldo Nascimento ou Ghost, nome artístico pelo qual é mais conhecido no universo brigantino.
Numa performance que reuniu estilos como o Kuduro, o afrohouse e o HipHop, o grupo brigantino levou para cima do palco “acrobacias e muito entretenimento” para só sair com uma vitória suada por entre “emoções e lágrimas de humildade, de esforço e dedicação”, assinala o professor de dança, que diz representar “não só a escola GhostDanceStudio na GAU, mas também o Município de Bragança que nos apoiou com o transporte para que pudéssemos levar a arte que é feita aqui na cidade a outros portos”.
No final, houve a merecida festa com direito a bolo para celebrar “uma vitória que é de todos”. “Depois do evento comemorámos todos porque eles interiorizaram bem o espírito de grupo e interajuda com esta competição, acabando por nos tornarmos mais unidos e com maior motivação”, exprime Ghost que é, também, o fundador e proprietário do estúdio de dança situado na zona do Polis, junto ao rio Fervença.
Nas palavras de Edvaldo Nascimento, a GAU ambiciona alcançar a “simbiose perfeita entre natureza, dança e o espaço lounge” em que se insere, tendo como objetivo claro o “desenvolvimento de atividades relacionadas com as artes performativas”, das quais se destacam “a dança, no estilo afroUrbano, música, pintura, literatura, escultura, fotografia e cinema, através de espetáculos de dança em teatros e anfitreatros, festivais de dança e workshops”. Outro dos objetivos passa por “criar parcerias com instituições e outras entidades para espalhar a cultura da dança entre todos e cultivar a boa forma física no geral”, assume Edvaldo Nascimento, manifestamente orgulho das suas alunas pelo sucesso por elas alcançado a 14 de maio.
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