O presidente da Câmara de Alfândega da Fé, o socialista Eduardo Tavares, vai pela primeira vez a votos depois de ter assumido o cargo há dois anos com a saída da autarca eleita, Berta Nunes, para o Governo.
A presidente eleita integrou as listas do PS à Assembleia da República, pelo círculo eleitoral de Bragança, nas eleições legislativas de 2019, e ficou no Governo de António Costa como Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.
O vice-presidente, Eduardo Tavares, substitui a autarca eleita e anunciou, no domingo, que vai candidatar-se a presidente da Câmara pela primeira vez, nas autárquicas de 26 de setembro, num vídeo publicado na página oficial da candidatura nas redes sociais.
“A minha vontade era apresentar a minha candidatura num grande momento de convívio junto de vós, mas o momento que vivemos não o permite”, começa por justificar o candidato à Câmara deste concelho do distrito de Bragança com 5.792 eleitores.
Eduardo Tavares diz que se candidata por considerar que a experiência autárquica que tem, “os enormes desafios e as dificuldades vencidas nos últimos anos, e o momento que a região e o país atravessam vão ser decisivos” para Alfândega da Fé continuar “a trilhar um caminho de progresso e desenvolvimento, para garantir o futuro do concelho”.
A primeira proposta do programa eleitoral é a criação de “uma grande área de acolhimento empresarial”, seguida de “um programa municipal de apoio à fixação de jovens no concelho”.
A aposta na agricultura e na pecuária continua com a ambição de “duplicar a área de regadio do concelho para atrair mais jovens para este setor”.
O candidato promete também criar uma rede de transportes públicos que chegue às aldeias e o reforço do apoio na educação, aos idosos e setor social.
“Rigor na gestão financeira da autarquia” e “continuar a baixar os impostos municipais” fazem também parte do programa eleitoral.
O socialista defende que “os próximos quatro anos vão ser absolutamente decisivos para garantir o futuro” do concelho e que é preciso “aproveitar da melhor forma” todos os mecanismos financeiros.
Aponta concretamente “o novo quadro comunitário de apoio que aí vem, o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o roteiro de investimento das barragens”, este último com o objetivo de “garantir um programa de valorização económica para os Lagos do Sabor”.
O PS venceu há quatro anos com 49,7% dos votos e três eleitos no executivo municipal, enquanto a coligação PSD/CDS-PP elegeu dois vereadores com 44,7% da votação.
Além de Eduardo Tavares do PS, concorre novamente Vitor Bebiano pela coligação PSD/CDS-PP e Maria Eugénia Gouveia pela CDU.