Duas alunas do IPB regressadas da China irão ficar de quarentena devido à ameaça do Covid-19

Duas alunas chinesas do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) vão ficar de quarentena e a mobilidade de estudantes da China foi suspensa no segundo semestre como medidas preventivas da propagação do Covid-19.

O presidente do IPB disse à Lusa que as duas estudantes em causa, que frequentam cursos de licenciatura, aproveitaram a pausa letiva para ir à China e quando regressarem a Portugal, na próxima semana, ficarão em isolamento social durante 14 dias, numa ação de prevenção articulada entre o politécnico e a Delegação de Saúde Pública.

De acordo com Orlando Rodrigues, as duas alunas “disponibilizaram-se para fazer o isolamento, de forma voluntária”, no âmbito das recomendações feitas pela Direção Geral de Saúde.

Já os estudantes da chamada mobilidade que estava previsto chegarem da China para fazerem o segundo semestre no IPB, cancelaram a viagem por decisão das próprias universidades chinesas, também no âmbito das medidas preventivas em curso a nível mundial, como explicou o presidente do politécnico de Bragança.

De acordo com Orlando Rodrigues, o IPB fez um inquérito junto dos alunos chineses para perceber se algum tinha ido à China na pausa letiva e detetou que duas alunas foram de férias.

Segundo disse, as estudantes “não apresentam qualquer sintoma, nem estiveram em contacto com pessoas doentes”.

Todavia, devido à crise do Covid-19, o politécnico decidiu contactar as autoridades de Saúde para saber como proceder.

As duas entidades acordaram que as jovens vão ficar em quarentena durante 14 dias, num espaço e condições assegurados pelo politécnico e com acompanhamento das autoridades de saúde.

É puramente uma medida preventiva”, reiterou.

Instituto Politécnico de Bragança tem vários alunos chineses entre os cerca de três mil estrangeiros de 70 nacionalidades que frequentam esta instituição e que representam um terço do total de estudantes.

A epidemia provocada pelo coronavírus (Covid-19) detetado em Wuhan causou já 1380 mortos, tendo a China reportado esta sexta-feira mais 121 mortes nas últimas 24 horas.

Segundo a Comissão Nacional de Saúde, o número de infetados cresceu 5.090, para 63.581.

O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

Além da China continental, Hong Kong, Japão e as Filipinas reportaram um morto cada um e, embora 30 países tenham diagnosticado casos de pneumonia por Covid-19, a China responde por cerca de 99% dos infetados.

 

FOTOGRAFIA: Fernando Pimparel

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