Distrito de Bragança reforça diapositivo de combate a incêndios com mais meios de intervenção

O dispositivo de combate a incêndios florestais no distrito de Bragança terá neste verão um reforço de meios face a 2019, com um total de 534 operacionais, 136 veículos e quatro meios aéreos.

"O dispositivo terá o maior reforço na fase de maior risco, entre 01 de julho e 30 de setembro, com 534 operacionais, 136 veículos, dois helicópteros de ataque inicial e dois aviões bombardeiros médios de ataque ampliado", concretizou à Lusa o Comandante Distrital de Operações e Socorro (CODIS) de Bragança, João Noel Afonso.

Os 12 concelhos do distrito de Bragança contam em permanência, durante todo o ano, com um grupo de ataque inicial, do Grupo de Intervenção, Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR), constituído por 44 militares e seis veículos.

"São meios ajustados à evolução da perigosidade, integrados no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o distrito de Bragança, com uma aposta qualitativa dos recursos, devido ao histórico de ocorrências", vincou o CODIS.

De acordo com o comandante, no período de 01 a 30 de junho, "haverá um maior reforço, com um total de 422 operacionais e 103 veículos", face ao ano anterior.

"Estão incluídas no DECIR três novas equipas de sapadores florestais destinadas aos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Mogadouro e Vimioso", disse João Noel Afonso.

Integradas no DECIR estão também 13 máquinas de rasto dos serviços municipais e duas máquinas de rasto de dois corpos de bombeiros deste território transmontano.

"Trata-se de um dispositivo integrado, que conta com a disponibilidade, o empenhamento, a determinação e a coesão de todos os intervenientes", enfatizou o CODIS.

Em tempo de pandemia provocada pelo novo coronavírus, o DECIR para o verão de 2020 tem desafios e regras que os operacionais envolvidos no combate aos incêndios vão ter de acatar.

"Vamos lidar com duas situações, que são o combate às chamas e proteger os operacionais do risco de contágio. Nessa medida, a Autoridade Nacional de Emergência e proteção Civil (ANEPC) vai enviar um documento com regras muito especificas para a atuação nos respetivos Teatros de Operações (TO) como forma de mitigar o impacto da covid-19", avançou o CODIS de Bragança.

Estas medidas serão mais notórias no interior dos veículos terrestres de combate às chamas, durante os percursos de deslocação das equipas de intervenção para os diferentes TO, nas zonas de concentração de operacionais (pontos de reorganização de meios) ou na receção meios de intervenção.

"São questões muito técnicas e muito específicas que estão inscritas num amplo documento", concluiu João Noel Afonso.

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