A deputada Berta Nunes foi hoje eleita presidente da Federação Distrital de Bragança do PS, por uma diferença de “cerca de 80 votos” para o adversário Bruno Veloso.
“Ganhamos estas eleições”, afirmou a candidata agora eleita à Lusa, um resultado confirmado pelo adversário Bruno Veloso, que reconheceu a derrota.
Berta Nunes expressou a satisfação com o resultado e deu “os parabéns pelo trabalho que fez” ao adversário, indicando que o resultado foi de “637 votos” para a lista vencedora e “553” para a outra lista.
“A partir de agora vamos trabalhar todos em conjunto”, afirmou a presidente eleita que vai suceder a Jorge Gomes, antigo secretário de Estado da Administração Interna, à frente da federação de Bragança.
Berta Nunes definiu como propósito “trabalhar mais com os militantes, mais proximidade, mais debate interno” para em conjunto definir as prioridades a “defender junto do partido, do Governo e também como deputada na Assembleia da República”.
Os desafios atuais da região estão expressos na moção global que apresentou em português e em mirandês, a segunda língua oficial de Portugal, que consta também do documento no tema dedicado à Cultura.
Na moção estratégica global, Berta Nunes deixa ainda expresso “o apoio ao referendo da regionalização”, que acredita ser uma “reforma que falta fazer e que é muito importante para o desenvolvimento coeso de todo o território nacional”.
Embora o mandato seja de dois anos e termine antes, as eleições autárquicas estão também nos horizontes de Berta Nunes numa região onde o PS já teve, na década de 1990, dez das 12 câmaras do distrito de Bragança e, atualmente, tem cinco.
Berta Nunes quer trabalhar com as concelhias e eleitos locais do PS para que o partido cresça e com especial atenção aos três concelhos, todos dominados pelo PSD, onde vai haver transição porque os atuais presidentes atingem o limite de mandatos.
“É um trabalho de base que é importante fazer, desde já porque não se constroem alternativas alguns meses antes das eleições”, considerou.
Berta Nunes, que é médica de profissão e está prestes a fazer 67 anos, é um dos rostos do PS na região de Bragança, enquanto militante e dirigente local.
A socialista já foi diretora da extinta sub-região de saúde de Bragança e presidente da Câmara de Alfândega da Fé, cargo que deixou antes de terminar o terceiro e último mandato para integrar as listas do PS à Assembleia da República, nas legislativas de 2019.
Fez parte do Governo de António Costa como secretária de Estado das Comunidades e, nas legislativas de 2022, foi eleita deputada pelo círculo eleitoral de Bragança, lugar que ocupa atualmente.
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