A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste informou ontem que já reagendou mais de metade das consultas e cirurgias canceladas nos três hospitais do distrito de Bragança, devido à pandemia de covid-19.
O período de confinamento levou à suspensão da atividade assistencial programada e ao cancelamento de 7.687 consultas e 584 cirurgias nos hospitais de Bragança, Mirandela e Macedo de Cavaleiros, que servem cerca de 130 mil utentes.
Desde a retoma do atendimento presencial programado nos cuidados hospitalares, ou seja, nos meses de maio e junho, foram reagendadas 3.910 consultas, que correspondem a 51% das canceladas, e 312 cirurgias, correspondentes a 53% das adidas no pico da crise sanitária.
Do total de cancelamentos e reagendamentos encontram-se concretizadas 3.027 consultas (39%) e realizadas 273 cirurgias (47%), segundo ainda dados da ULS do Nordeste disponibilizados à Lusa.
Estes números estão incluídos na atividade global dos três hospitais que soma nos dois meses depois da retoma um total de “12.735 consultas, 531 cirurgias, 229.431 exames de diagnóstico e terapêutica e 1.697 sessões de hospital de dia”.
“Após um período em que a atividade clínica foi apenas a de caráter urgente, conforme orientação do Ministério da Saúde no contexto da COVID-19, a atividade assistencial programada está assim a ser gradualmente reagendada e efetuada, com vista ao melhor acompanhamento dos utentes da ULS do Nordeste”, refere, por escrito.
A entidade responsável pela saúde no distrito de Bragança explica ainda que “este processo de retoma teve em conta a reformulação dos espaços físicos das salas de espera, a marcação por hora e o aconselhamento prévio aos doentes para não se fazerem acompanhar por outras pessoas a não ser em casos excecionais, procurando desta forma assegurar o correto distanciamento social”.
Outras medidas com vista à segurança prendem-se com “o alargamento dos horários dos profissionais e a aplicação de um breve inquérito a todos os doentes antes do início da consulta, a par da medição da temperatura corporal”.
A ULS destaca também que “foram ainda estipuladas boas práticas a observar no que respeita não só à assistência clínica como também ao uso de equipamentos de proteção individual, aos circuitos de doentes e à realização de testes de diagnóstico”.
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