O Município de Macedo de Cavaleiros decidiu isentar do pagamento da água as famílias mais carenciadas, bem como todas as empresas em nome individual ou coletivo com sede no concelho. Nesse sentido, a autarquia determinou “a isenção total do pagamento do serviço de abastecimento de água, tratamento de águas residuais e resíduos sólidos e respetivas taxas a todos os munícipes com um rendimento per capita igual ou inferior a 219,41 euros durante os meses de abril, maio e junho”.
Outra das medidas diz respeito aos arrendatários de habitações sociais, que ficam isentas do pagamento da renda entre abril e junho. “É uma ajuda que a autarquia procura dar aos macedenses para minimizar os efeitos económicos do surto pandémico do Covid-19 e da adoção do Estado de Emergência”, justifica Benjamim Rodrigues, sublinhando que “o surto de coronavírus vai ter impactos significativos no rendimento dos macedenses e, em alguns casos, pode mesmo criar dificuldades às famílias na hora de cumprirem com as suas obrigações financeiras”.
De acordo com o edil macedense, estas “são medidas que representam um esforço adicional da câmara face a este surto tão demolidor e que procuram ir ao encontro das necessidades dos nossos munícipes”. No entanto, salvaguarda, que “são medidas com impacto nas contas da autarquia e que atrasam a recuperação financeira que estava a ser conseguida nos últimos dois anos”. Apesar do atraso na recuperação financeira, Benjamim Rodrigues esclarece que, “num período excecional, temos de adotar medidas excecionais para ajudar os nossos conterrâneos”.
Igualmente isentos do pagamento das respetivas taxas de utilização e ocupação ficam os arrendatários de lojas no mercado municipal. “Perante um cenário de crise sanitária sem precedentes, esta medida será mais uma forma de ajudar todos os que residem no nosso concelho ou nele desenvolvem as suas atividades económicas”, sustenta o autarca, que quer, ainda, “criar condições" para que os comerciantes, em especial os da área da restauração, consigam "recuperar das perdas registadas durante este período em que têm de estar de portas fechadas”. Assim, está prevista a isenção de pagamento da ocupação dos espaços públicos, nomeadamente das esplanadas, durante os meses de verão.
Embora as finanças da autarquia não sejam tão saudáveis quanto o desejado pelo Executivo Municipal, é convicção do autarca que estas "isenções terão efeitos positivos". “Acreditamos que com estas medidas será possível ajudar os nossos munícipes a terem, no final do mês, mais algum dinheiro disponível para ultrapassar da melhor forma possível um momento particularmente difícil da nossa vida”, afiança Benjamim Rodrigues, que conclui assinalando que estas medidas podem ser revistas a qualquer momento e quando a conjuntura assim o justifique.