O município de Bragança divulgou ontem que teve um acréscimo de “340 mil euros” na despesa com as escolas do concelho devido às medidas para mitigar os efeitos da pandemia, sobretudo no reforço dos transportes.
“Para dar resposta às alterações da atividade regular das escolas”, a Câmara de Bragança informa em comunicado que “investiu mais de 215 mil euros” apenas nos transportes.
De acordo com a autarquia, “além das medidas ditadas pelo Governo” foram adotadas “várias outras ações preventivas à covid-19 nas escolas de competência municipal e em colaboração com os agrupamentos do concelho”, respeitantes ao funcionamento orgânico das escolas, ao serviço municipal de Proteção Civil e à rede de transportes escolares.
Apenas para funcionamento regular das escolas, relativamente ao ano anterior, o município investe um valor superior a 108 mil euros relativamente ao ano letivo anterior.
Este valor abrange refeições escolares e as Atividades de Animação e de Apoio à Família (AAAF), no prolongamento do seu horário e das respetivas interrupções letivas, “destinado a assegurar o acompanhamento das crianças na educação pré-escolar, antes e depois do período diário de atividades educativas e durante os períodos de interrupção das mesmas”.
Neste ano letivo, “os estabelecimentos de ensino contemplam também um maior número de assistentes operacionais e horários mais abrangentes” para acompanhar as diferentes atividades.
O reforço da despesa destinou-se também “à aquisição de sinalética, dispensadores de álcool gel, desinfetante de superfície e respetiva reposição, materiais para desinfeção diária dos espaços, tapetes desinfetantes, loiça, máquinas de lavar loiça, cabides, estantes e armários, bem como máscaras destinadas aos Assistentes Operacionais do Ensino de Educação Pré-Escolar”.
O ensino pré-escolar e o 1.º ciclo de Bragança são frequentados por 2.394 crianças, 1.197 das quais em escolas de competência municipal.
No que respeita aos transportes públicos, o município “aumentou a mancha horária diária e semanal, e a capacidade de resposta da rede de transportes escolares, o que se traduz em mais horários, mais meios de transporte em circulação e normas restritas de utilização dos mesmos”.
Além do 1.º Ciclo, a rede de transportes municipais serve os restantes níveis de ensino, concretamente 2.º e 3.º ciclos, secundário e ensino superior.
Tudo somado, o município conclui que “as medidas adotadas para mitigar os possíveis efeitos da pandemia na comunidade educativa e, por consequência, na população brigantina”, traduzem-se, no ano letivo 2020/2021, “em mais 340 mil euros, face ao ano anterior”.
FOTOGRAFIA: BMF