Covid-19: Bragança e Mirandela desmobilizam centros de testes privados nas duas cidades

Os municípios de Bragança e Mirandela anunciaram, em conjunto, a desmobilização dos dois centros de testes à Covid-19 instalados nas duas cidades transmontanas, que resultaram de parcerias com entidades de saúde privadas da região.

Em nota enviada às redações, os dois municípios afirmaram que chegada à última semana de abril, "tomou-se a decisão de finalizar a participação conjunta das duas autarquias, desmobilizando assim os centros de testes à covid-19 de Bragança e Mirandela".

Tendo a "certeza do cumprimento dos objetivos traçados de ajuda à população", as duas autarquias referem uma "maior capacidade instalada, capaz de responder às necessidades do distrito em termos de realização de testes covid-19 pelas entidades públicas".

"A atividade dois centros de testes à covid-19 centrou-se significativamente na colaboração que as duas câmaras municipais promotoras desenvolveram, tendo sido feitos 578 testes", vinca o documento divulgado.

No decurso da atividade, os Centros de Testes de Bragança e Mirandela, ao abrigo da convenção nacional com o SNS que a "Unilabs" possui, foram englobados na Linha de Saúde 24, bem como na rede do SNS.

"Na prática e embora os centros estivessem completamente aptos para prestação de serviços através do SNS, com os preços tabelados por esta entidade e praticados em todo o país, a sua atividade de serviço público ficou aquém das possibilidades", frisam os dois municípios envolvidos na iniciativa.

O centro de testes covid-19 de Bragança estava instalado junto ao pavilhão Arnaldo Pereira e o de Mirandela localizado no Hospital Terra Quente.

As autarquias indicavam na altura da sua instalação, no início de abril, que os centros de testes visavam "complementar a atividade da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste", aos quais o SNS poderia recorrer quando não tivesse capacidade própria de resposta ou entender mais adequado.

Todas as pessoas que pretendessem fazer o teste à doença sem serem encaminhados, poderiam fazê-lo por iniciativa própria com um custo de 115 euros.

Segundo os municípios promotores da instalação, estes centros de testes à covid-19 "visavam complementar a atividade da ULS do Nordeste, acelerando o rastreio à população, permitindo a realização até 400 testes por semana, minimizando custos, evitando deslocações desnecessárias e duplicação de exames".

 

FOTOGRAFIA: BMF

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