Na reunião de 12 de junho, o Conselho Intermunicipal da CIM-Terras de Trás-os-Montes aprovou o Plano Operacional de Transportes Públicos, concluindo, assim, o processo de restruturação da Rede de Transportes Públicos do território.
Trata-se de um documento estratégico de planeamento, implementação e gestão que define a rede e os parâmetros do serviço de transportes públicos a implementar nas Terras de Trás-os-Montes e que vem dar resposta aos problemas de mobilidade até agora existentes, quer no que diz respeito às ligações municipais, quer no que concerne às ligações intermunicipais e inter-regionais.
“A implementação deste plano traduzir-se-á num aumento da oferta e consequentemente numa melhoria da cobertura e acessibilidade, assegurando o cumprimento dos critérios de serviços mínimos estabelecido pelo Regime Jurídico do Serviço Público do Transporte de Passageiros”, refere a CIM – Terras de Trás-os-Montes (CIM – TTM), em comunicado enviado à redação. Com a operacionalização desta estratégia entrará, também, em funcionamento o Sistema de Transportes a Pedido, que abrangerá toda a população residente, passando esta a dispor de uma oferta de transporte para a sua sede de concelho.
De acordo com o Conselho Intermunicipal, “esta estratégia foi delineada para dar resposta às necessidades das populações, contribuindo para colmatar a insuficiência da oferta da rede de Transportes Públicos, colocando em funcionamento uma rede que cubra todo o território, que ligue as localidades às sedes de concelho e que estabeleça as ligações necessárias entre os concelhos que integram a CIM-Terras de Trás-os-Montes e até com os que fazem fronteira com este território”.
Criam-se, assim, as condições para que um maior número de viagens possa ser realizado em transporte público, contribuindo para um aumento das acessibilidades, da descarbonização e da inclusão social nas Terras de Trás-os-Montes.
“O próximo passo será o lançamento de um concurso público internacional para a concessão do Sistema de Transportes Públicos na Região. Este processo de contratualização tem que estar fechado antes do final deste ano”, refere a CIM – TTM.
Outra das questões abordadas na última reunião de quarta-feira foi a saúde, defendendo o Conselho a necessidade de mais Investimentos nos equipamentos para esta área fulcral do território transmontano. Presente na Biblioteca Municipal de Mirandela esteve o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste, que apresentou ao Conselho Intermunicipal as prioridades neste campo.
Para além dos investimentos que estão em curso e de outros que estarão para iniciar, Carlos Vaz sublinhou a necessidade de um maior investimento, quer ao nível infraestrutural, quer ao nível de aquisição de equipamentos para as diferentes unidades de saúde e requalificação de vários serviços. “São carências que exigem um investimento superior a 4 milhões de euros. A isto junta-se a necessidade de contratar mais profissionais de saúde, numa lógica de melhoria contínua dos cuidados prestados à população”, defende o responsável.
No final da reunião, a CIM Terras de Trás-os-Montes afirmou entender “a melhoria das condições e dos serviços de saúde no território como uma prioridade e elemento fundamental para a qualidade de vida das populações”, justificando a “regularidade destes encontros com os responsáveis pela área no território” com o “objetivo de manter viva a cooperação institucional, contribuindo para a criação das sinergias necessárias de modo a que a qualidade dos serviços existentes sirva os interesses e necessidades da população”.