A EKUI, metodologia inclusiva criada em Portugal, apresenta o seu hino com composição e interpretação de Carolina Deslandes.
Uma música que pretende ser um “verdadeiro hino a quebrar barreiras, a ultrapassar preconceitos e no respeito pela diferença”, acredita a criadora da metodologia EKUI, que enaltece a música, a letra e a interpretação da compositora portuguesa.
Celmira Macedo diz mesmo que “a Carolina Deslandes conseguiu entender, na perfeição e pôr por palavras, o que para nós representa a beleza da diversidade e o poder transformador da inclusão”.
“Cada um é um desenho por pintar (...) e os desenhos não são para comparar”, Hino EKUI, Carolina Deslandes
Distinguida internacionalmente pela HundrED Awarded, em 2022, e considerada uma das melhores empreendedoras sociais, (Top 100 women in social enterprise, Euclid Network, 2023), Celmira Macedo releva que este tema é dedicado a “todos aqueles que, em algum momento da sua vida, se sentiram desenquadrados, deslocados e excluídos”.
Citando a própria Carolina Deslandes, no Hino EKUI, a especialista em inovação e empreendedorismo social pelo INSEAD (Fontainebleau, Paris) transmite que “cada um é um desenho por pintar (...) e os desenhos não são para comparar”, reiterando que “não importa ser melhor que o outro, mas, a cada dia, ser uma melhor versão de nós mesmos”.
Doutorada em Educação pela Universidade de Salamanca, a investigadora na Faculdade de Psicologia e Ciências Sociais da Universidade Católica de Braga não poderia estar mais orgulhosa, ao ver o seu trabalho mais significativo, aquele em que mais acredita, por ser capaz de ajudar centenas ou milhares de vidas, associado a um dos grandes nomes da cena musical contemporânea portuguesa.
De referir, ainda, que o Hino EKUI tem tradução para Língua Gestual Portuguesa feita por Alexandra Ramos.
EKUI: a metodologia
A EKUI é uma metodologia multissensorial de Desenho Universal e, por isso, inclusiva, sendo considerada a “única no mundo” a combinar quatro formas de comunicação: a gráfica (as letras); o código Braille; a Língua Gestual Portuguesa (LGP); e o Alfabeto Fonético (sons e formas de os articular).
“Usa pistas (inputs) visuais, auditivas e cinestésicos e estas pistas, quando trabalhadas ao mesmo tempo, ativam diferentes áreas no cérebro, fazendo com que a aprendizagem seja mais rápida, em cerca de 50 por cento, e mais motivadora”, pode ler-se no site oficial da EKUI (Metodologia - EKUI) .
Por outro lado, as crianças aprendem a comunicar numa nova língua, a Língua Gestual, e através de um código, o Braille.
Pensada para ajudar a estimular, avaliar e intervir nas habilidades iniciais necessárias para a aprendizagem da leitura e da escrita, a metodologia proporciona o desenvolvimento de habilidades linguísticas (consciência dos sons da fala e dos movimentos necessários à sua articulação); habilidades percetivas (perceção visual, auditiva, tátil – cinestésica; perceção espacial, temporal, de figura-fundo e Perceção análise-síntese); habilidades psicomotoras (coordenação e equilíbrio, esquema corporal, lateralidade e Organização espacial-temporal); habilidades cognitivas (linguagem, atenção, memória, processamento); e habilidades emocionais (autoconhecimento, autorregulação, motivação, tolerância e empatia).