Bragança regressa ao formato presencial do Festival do Butelo e das Casulas de 25 a 27 de fevereiro

Bragança retoma no último fim de semana de fevereiro o Festival do Butelo e das Casulas, que transformou os pouco valorizados enchido de ossos e vagens de feijão secas em dois produtos nobres da gastronomia regional.

Em 2021, a pandemia permitiu apenas vendas ‘online’, mas este ano a autarquia e a Confraria do Butelo e das Casulas decidiram voltar ao formato presencial com uma tenda para acolher 40 produtores, na Praça Camões, e uma semana gastronómica com 26 restaurantes a servirem este prato.

Ao longo dos tempos, da tradicional matança do porco saía um butelo enchido na bexiga do animal com as carnes menos nobres e que as famílias guardavam para comer no Carnaval, com as casulas ou cascas, as vagens de feijão secas, que, depois de demolhadas, são cozinhadas com o butelo e outras carnes.

De um prato pobre e esquecido, o volumoso enchido e as cascas tornaram-se em produtos nobres da gastronomia regional desde que se realizam o festival e a semana gastronómica, há mais de uma década.

Um quilo de casulas é vendido a 11 euros e do butelo a 14 euros como apontou o grão-mestre da confraria, Francisco Figueiredo, na apresentação do festival.

Desde que existe este festival, o butelo e as casulas tiveram uma procura bastante acentuada e o preço tem acompanhado esta procura”, enfatizou.

butelo

O festival regressa entre 25 e 27 de fevereiro à Praça Camões, no centro histórico de Bragança, com cerca de “40 produtores que vão comercializar fumeiro, como butelo, salpicões e chouriças, produtos regionais, nomeadamente as casulas, azeite, mel, vinho e licores, e artesanato regional”.

Além desta venda, decorre também, entre 18 de fevereiro e 01 de março, a Semana Gastronómica do Butelo e das Casulas em 26 restaurantes aderentes.

Esta é uma época do ano em que “muita gente”, nomeadamente espanhóis, visita este território, como salientou o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, que espera com o regresso dos eventos presenciais começar a “dinamizar a economia local”, através dos produtos mais apreciados, depois dos constrangimentos da pandemia de covid-19.

As restrições sanitárias que permanecem ainda têm reflexos nas festividades da época, com a autarquia a manter suspenso o Carnaval dos Caretos, que costumava decorrer em paralelo com o Festival do Butelo e das Casulas.

casulas

FOTOGRAFIAS: BMF

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