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Bragança lança campanha para combater aquele que é já um dos principais problemas do século XXI

Desde o início do ano que a Câmara Municipal de Bragança, em estreita cooperação com os bombeiros, tem levado água a 26 aldeias do concelho. De entre as 12 mil pessoas que vivem nas 114 aldeias do concelho, têm vindo a ser abastecidas por autotanques, aproximadamente, quatro mil pessoas, o que representa cerca de um terço da população que vive no meio rural.

A falta de água, não só em Bragança como em Trás-os-Montes, tem vindo a preocupar os autarcas e Hernâni Dias não é exceção, já que o município a que preside, garante, está "a levar água a algumas aldeias que nunca tinham tido problemas". Como tal, o edil brigantino convocou uma reunião para ontem, dia 4 de agosto, onde se mostrou incomodado com a atual situação, aproveitando a presença da Comunicação Social para lançar uma campanha de sensibilização e anunciar algumas medidas que têm como intuito combater a seca através da poupança daquele que é um bem cada vez mais precioso e um recurso fundamental à existência humana, a água.

Daí a decisão da autarquia em lançar uma campanha de consciencialização destinada à população de todo o concelho para que se evite regar hortas e jardins, lavar viaturas e encher piscinas com água da rede, quer no meio rural, quer no meio urbano, de forma a poupar toda a água possível.

E o município antecipou-se e está já a dar o exemplo ao reduzir o tempo de rega em alguns dos jardins e espaços verdes, ao reduzir também as lavagens da frota municipal e através da instalação de redutores de água nas torneiras e autoclismos dos edifícios municipais.

Contudo, o meio rural é o que mais inquieta a autarquia brigantina, sendo que algumas das aldeias, sobretudo, durante o verão, necessitam, constantemente, de ser abastecidas com autotanques, em particular devido à população que o município carateriza como “flutuante", referindo-se aos emigrantes e turistas que, por esta altura, chegam, em peso, ao Nordeste Transmontano.

Para já, o abastecimento é assegurado pela barragem de Serra Serrada que, caso não chova, ainda tem água para mais três meses, não existindo a necessidade de recorrer à reserva estratégica da barragem de Veiguinhas que só é utilizada em situações extremas.

O que apoquenta Hernâni Dias são os números “três vezes superiores à média dos últimos três anos” com 26 aldeias e quase quatro mil pessoas a necessitarem urgentemente de água, tendo o município realizado, em união de esforços com os bombeiros, 350 viagens com os camiões cisterna, num investimento de 20 mil euros. Até porque as 105 captações e 68 furos artesianos que deveriam abastecer estas populações não são suficientes para encher os depósitos e com a falta de água das chuvas os lençóis freáticos permanecem em níveis nunca antes vistos. Outra das medidas adotadas tem sido a criação de charcas, que já existem em “mais de metade das freguesias” do concelho e que servem para regar as horas e dar de beber aos animais.

Outra das situações acentuada pelo calor intenso que se tem feito sentir prende-se com “problemas estruturais nas redes”, que já registaram “o dobro” das ruturas de anos anteriores e que, por isso, precisam de ser reabilitadas.

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