Começa hoje, sexta-feira, prolongando-se até segunda, dia 15 de agosto, mais uma Festa da História na cidade Capital de Distrito. E se no primeiro dia, 12 de agosto, a festa acontece das 18 às 24 horas, nos restantes dias, as festividades terão início logo às 12 horas para só terminarem à meia-noite.
Com entrada livre e atividades pensadas para todas as idades, o Castelo acolhe, a partir de hoje e durante quatro dias, música, teatro, danças do povo, histórias para crianças e graúdos, marionetas, artes circenses, esgrima medieval, oficinas de tecelagem, demonstrações de falcoaria e, inclusive, o bobo da corte, já para não falar do cortejo oficial, no qual diversas personagens irão marcar a experiência do visitante. Já o “Torneio Medieval”, um dos atrativos maiores da Festa da História, decorre de 12 a 14 de agosto, às 19H00, e no dia 15, às 22 horas.
A edição deste ano procura “retratar a invasão e o cerco de Bragança pelas tropas castelhanas e a retoma da sua posse após a assinatura do Tratado de Alcoutim, em 1371, resultando na muito ansiada paz”, descreve o município, em nota enviada à imprensa, sublinhando que a Festa da História “está de volta com o magnífico cenário das muralhas, da cidadela e da torre de menagem do imponente Castelo de Bragança, um dos mais bem preservados de Portugal”.
Com o intuito de “proporcionar uma experiência diferenciadora e realista”, a autarquia brigantina, entidade responsável pela organização do evento, decidiu conceber diversas áreas temáticas, entre as quais o “Posto de Controlo”, onde os soldados irão controlar quem pode passar para lá das muralhas, a “Rua do Restolho”, onde decorre o mercado e onde histórias de amor e traições (e alguns furtos) acontecem, a “Rua dos Larápios”, onde se escondem os foragidos às autoridades e onde as classes sociais mais desfavorecidas vão surpreender os visitantes com ações inesperadas, a “Praça”, um espaço central onde são comercializados e trocados os produtos produzidos pelos artesãos, a “Praça do Sustento”, onde será possível confraternizar, beber e degustar as mais variadas iguarias, o “Largo da Feira”, onde chegam diversos mercadores oriundos de terras longínquas e que chamam a atenção pelos produtos que comercializam e o “Beco do Oculto”, onde se encontram videntes e vendedores de produtos com poderes mágicos.
“Cada edição da Festa da História proporciona a quem a visita momentos singulares e inesquecíveis, baseados em momentos históricos passados na região ou inspirados no seu extraordinário património simbólico, nomeadamente na tradição oral”, elucida o município que relega para a Festa da História um dos pontos altos do seu calendário anual, em termos de eventos festivos.
De referir, ainda, que todos os interessados em participar nas atividades da Festa da História devem fazer uma inscrição prévia, isto é, até 30 minutos antes de cada sessão.
A HISTÓRIA POR DETRÁS DA FESTA DA HISTÓRIA
Entre os dias 13 e 14 de agosto, será retratado o Tratado de Paz que devolveu Bragança às mãos de D. Fernando. Uma reconquista consumada após D. Fernando ter invadido a Galiza e tomar o Trono Castelhano a Henrique de Trastâmara, alegando ser o seu legítimo herdeiro.
D. Henrique decide, então, invadir o Norte de Portugal, tomando Braga, passando por Guimarães e conquistando, por fim, Bragança, que somente retornaria às mãos de D. Fernando mediante a assinatura do Tratado de Alcoutim em 1371. E é esse momento que a edição de 2022 da Festa da História procura assinalar.
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