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Banda transmontana Zíngarus celebra uma década com lançamento do seu álbum de estreia

A banda de folk rock transmontana Zíngarus decidiu assinalar o seu décimo aniversário com o lançamento do seu primeiro disco.

Composto por dez temas, numa clara referência há sua própria década de existência, sete dos quais são originais e três são músicas populares reinventadas, este álbum de estreia apresenta-nos alguns dos seus mais recentes êxitos como é o caso das músicas Saia da Carolina e Barnabé. Esta última, por ser uma das mais conhecidas do público, foi escolhida para o lançamento do primeiro single com videoclipe, que acontecerá já dentro de momentos, nesta noite de 11 de julho, às 21 horas, nas redes sociais da banda (Instagram: @zingarus; Facebook: Zíngarus). Uma pequena amostra, em jeito de antevisão, do trabalho que aí vem.   

Barnabé relata a vida de um homem que vive confrontado e dividido entre quatro mundos: o mundo boémio de excessos, o mundo da responsabilidade laboral, o mundo de amores e desamores e o mundo maternal de bons conselhos. Um tema ritmado, que facilmente permite identificar o ADN musical dos Zíngarus e a sua energia contagiante em palco

Sobre o grupo, descrito, frequentemente, como “irreverente, criativo, enérgico e interventivo”, reconhece-se como “música de intervenção dos tempos modernos” pelas suas histórias cantadas contra a opressão, o consumismo, o egoísmo, a opressão das zonas mais pobres do país pelas zonas mais ricas, a valorização do papel da mulher, o uso indevido do estatuto profissional e a futilidade, doseando com humor estas temáticas centrais e mais atuais que nunca.

Prova disso mesmo é o caso mediático dos impostos reclamados pelo Movimento Cívico Terra de Miranda à EDP, pela venda das barragens. Uma realidade que serviu de base à inspiração coletiva da banda que, na composição do tema De Bô ao peito, consegue espelhar esta vertente mais interventiva regada de ironia que a carateriza. Outro exemplo é o tema Fútil, uma sátira social a uma sociedade que dá valor à aparência em detrimento da essência, ou Ti Maria, uma história trágico-cómica rural, cuja personagem é a Ti Maria e o seu António.

Com uma identidade muito própria, um estilo musical singular e com mensagens que de fútil nada têm, esta “banda de garagem” que, em 2014, nasceu por diversão e que na diversão continua a encontrar a sua essência, regozija-se com o facto de contagiar o seu público com este estado de espírito, sempre que sobe ao palco, seja numa pequena festa de aldeia ou num cenário urbano, já que ambos servem de igual forma o propósito da banda que, na sua diversidade, se reinventa a cada espetáculo.

zin

 

ENTREVISTA (para recordar) EM:

Zíngarus: “Porque a música portuguesa merece” | Kapital do NordestE

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