Ave rara em Portugal empresta nome ao Festival do Chasco-Preto em Carrazeda de Ansiães

A 4 e 5 de maio, Carrazeda de Ansiães organiza, pela primeira vez, o Festival do Chasco-Preto.

De entre as 164 espécies de aves que fazem ninho neste território de Trás-os-Montes, o município revela ter-se Inspirado no nome de uma que, atualmente, em Portugal, é considerada uma espécie rara, não se encontrando, no entanto, ameaçada globalmente ou em risco de extinção

Contemplando um programa diversificado, que começa já amanhã, sábado, dia 4 de maio, a organização desvenda que os participantes poderão desenvolver e integrar múltiplas atividades como observar as muitas dezenas de aves no seu habitat selvagem em locais previamente selecionados, proceder à anilhagem científica e participar num concurso de fotografia, não esquecendo o exercício físico, através de uma Caminhada de Observação de Aves.

No dia seguinte, domingo, terá lugar um seminário, que contará com a presença de diversos especialistas e entusiastas do Birdwatching ou, em português, observação de aves, que irá estar aberto ao público em geral.

Dedicada ao “emblemáticoChasco-Preto, esta iniciativa, reveste-se de uma assinalável premissa, já que, advoga o executivo, trata-se de “alertar e informar a população local e o público em geral para a necessidade de promover a salvaguarda e proteção desta espécie”.

Recorde-se que este município é um dos cinco a integrar o Parque Natural Regional do Vale do Tua (PNRVT), encontrando-se a trabalhar, de momento, num projeto designado como Birdwatching, sendo este “um dos produtos âncora, para um nicho específico de mercado”, sustenta a autarquia, presidida por João Gonçalves.

A este respeito, o PNRVT criou já três percursos ornitológicos, que podem ser percorridos de carro e que, no seu conjunto, totalizam 250 quilómetros, devidamente marcados com a respetiva sinalética “orientativa e informativa com estruturas de observação de aves”, publicita a organização.

Carrazeda de Ansiães possui, inclusive, uma dessas estruturas de observação de aves, junto à Barragem de Fontelonga, que integra os percursos definidos, sendo este território, dada as suas reconhecidas caraterísticas geográficas, considerado pelos especialistas “como uma das zonas de maior interesse ornitológico de todo o interior da Região Norte, tendo potencial para se tornar uma referência nesta atividade a nível nacional”.

Com o Festival do Chasco-Preto, em estreia absoluta, o município manifesta que pretende, assim, “dar a conhecer este potencial e alcançar as pessoas que revelem interesse ou preferência pelos segmentos do turismo de natureza e pelo “touring cultural e paisagístico””.

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Concurso de fotografia do Chasco-Preto

 

Já abriram as inscrições para o concurso de fotografia, subordinado à temática do Chasco-Preto e como forma de incentivo o executivo decidiu recompensar as três melhores fotografias com prémios pecuniários. Assim, o vencedor conquistará 250 euros, o segundo classificado 125 euros e o último lugar 65 euros.

Os registos fotográficos poderão ser submetidos até ao dia 15 de abril, sendo que podem participar “cidadãos com idade superior a 16 anos, amadores ou profissionais, de nacionalidade portuguesa ou com residência em território nacional”, regulamenta a organização, que sublinha o facto de que “só serão aceites registos fotográficos, exclusivamente, em formato digital” da espécie, comummente, conhecida como Chasco-Preto”, de nome científico Oenanthe Leucura.

Cada participante poderá submeter, no máximo, três fotografias a concurso, cuja análise será executada por um júri composto por três elementos de entidades diferentes, Pedro Alves (PALOMBAR), Artur Cascarejo (PNRVT) e o fotojornalista Leonel de Castro, convidado pelo Município de Carrazeda de Ansiães.

De referir, ainda, que as inscrições podem ser feitas através do link:

https://forms.gle/WAQ56amnETEG1pPdA

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Descrição do Chasco-Preto

 

Com um porte um pouco maior do que os outros chascos, o Chasco-Preto é, facilmente, identificável pela sua plumagem preta, que contrasta, audaciosamente, com a sua cauda branca.

Esta ave da família Turdidae, cujo Status das Espécies garante não se encontrar ameaçada globalmente, distribui-se pela Península Ibérica e pelo norte de África, frequentando, sobretudo, ambientes rupícolas. Contudo, em Portugal, é considerada uma espécie rara.

 

PROGRAMA

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